Iniciar um ponto no voleibol exige técnica, precisão e, principalmente, conhecimento da regra do saque. Essa jogada, que parece simples à primeira vista, pode definir o ritmo de uma partida. Desde as categorias de base até os jogos profissionais, o saque é fundamental para pressionar o adversário e conquistar pontos diretos. O Lance! te explica como é a regra do saque no vôlei.
No entanto, muitas dúvidas ainda surgem entre iniciantes e até entre espectadores experientes: onde o jogador deve estar na hora do saque? Pode pisar na linha? E se a bola tocar na rede? Essas e outras questões estão previstas nas regras oficiais da Federação Internacional de Voleibol (FIVB), que rege o esporte em todo o mundo.
O saque pode ser ofensivo, buscando o ace, ou mais estratégico, com o objetivo de dificultar o passe do adversário. Além disso, existem diferentes estilos de saque, como o flutuante e o viagem, que influenciam diretamente na dinâmica do jogo. Por isso, conhecer as regras não é apenas uma questão técnica — é parte do entendimento tático do vôlei.
Neste texto, explicamos de forma clara e objetiva as principais regras do saque no vôlei, os tipos permitidos, os erros mais comuns e curiosidades sobre a jogada. Se você é jogador, treinador ou apenas fã do esporte, esse conteúdo vai tirar todas as suas dúvidas.
Como é a regra do saque no vôlei?
De acordo com a regra 12 do regulamento da FIVB, o saque no vôlei deve obedecer a uma série de critérios:
- O jogador que vai sacar precisa estar atrás da linha de fundo, dentro da zona de saque
- O saque deve ser realizado após o apito do árbitro
- O jogador tem até 8 segundos após o apito para executar o saque
- A bola deve ser golpeada com a mão ou com o braço após ser lançada ao ar
- Não é permitido pisar dentro da quadra ou na linha de fundo no momento do saque
Se o jogador descumprir qualquer uma dessas regras, o ponto é automaticamente atribuído ao adversário.
Tipos de saque no vôlei
Existem diferentes tipos de saque no vôlei, e cada um pode ser usado de forma estratégica:
- Saque por baixo: comum em categorias de base, mais fácil de controlar
- Saque flutuante: feito com a palma da mão, sem giro na bola, gerando instabilidade no ar
- Saque viagem (ou viagem ao fundo do mar): potente, com salto e giro na bola — exige técnica e força
- Saque lateral: estilo mais antigo e menos utilizado atualmente
Cada tipo de saque tem um impacto diferente na recepção do adversário, sendo o flutuante e o viagem os mais usados no alto nível.
Faltas comuns
Alguns erros frequentes podem invalidar o saque:
- Pisar na linha ou dentro da quadra antes de golpear a bola
- Sacar antes ou depois do apito do árbitro
- A bola não ultrapassar completamente a rede
- A bola sair fora da quadra adversária sem toque no bloqueio
- O jogador lançar a bola, mas não realizar o saque
Essas infrações são punidas com a perda do ponto e a posse de bola para o adversário.
Pode sacar e a bola tocar na rede?
Sim. Desde 1999, a regra do vôlei permite que a bola toque na rede durante o saque, desde que ela passe para o lado adversário e caia dentro da quadra. Isso vale tanto para o vôlei de quadra quanto para o vôlei de praia. Essa mudança deixou o jogo mais dinâmico e com menos interrupções.
A ordem de saque na rotação
A ordem dos saques é determinada pela rotação dos jogadores. Quando um time recupera o saque, os atletas giram no sentido horário, e o jogador que passa a ocupar a posição 1 (zona de saque) é o responsável por iniciar a jogada. Se a ordem for quebrada, o time comete uma falta de rotação e perde o ponto.
Curiosidades sobre o saque no vôlei
- O saque mais rápido já registrado ultrapassou os 130 km/h, feito por jogadores como Wilfredo León e Ivan Zaytsev
- No vôlei de praia, o saque também segue regras específicas, mas há maior tolerância quanto ao deslocamento do sacador
- Jogadores especialistas em saque são considerados valiosos para mudar o ritmo de um set