De tudo o que o Palmeiras faz bem há muito tempo (e são muitas coisas) apenas uma apareceu no jogo de ontem contra o Inter Miami: a capacidade de lutar até o último minuto e nunca desistir. Foi só por isso que o time conseguiu empatar com o time norte-americano na última rodada da primeira fase da Copa do Mundo de clubes.
O resultado, mais do que livrar o time de uma derrota constrangedora, leva o Palmeiras a enfrentar o Botafogo nas oitavas-de-final e não o PSG, poderoso campeão europeu.
Palmeiras com sinal amarelo aceso
Mas há um sinal amarelo aceso. O Palmeiras não fez nenhuma grande partida até aqui. Empatou com o Porto, que se mostrou uma caricatura de sua história e que acabou na lanterna do grupo. E depois conseguiu uma vitória protocolar contra o Al Ahly.
Foi uma decepção coletiva e individual do Palmeiras nesta segunda-feira. Dá para contar nos dedos de uma mão os jogadores que tiveram boa atuação. Allan e Paulinho, que entraram no segundo tempo, e nada mais. Abel Ferreira também teve uma noite péssima: foi incapaz de fazer seu time pressionar o adversário e fato é que o Inter Miami desfilou no primeiro tempo e em boa parte do segundo.
Messi esteve solto e desfilou seu talento ao lado de Luis Suárez, que infernizou a zaga palmeirense (normalmente muito segura) e ainda fez um belo gol.

Torcida fez sua parte
Se em campo o time foi um arremedo do que tem sido o Palmeiras nos últimos anos, a torcida no estádio mais uma vez deu um show. Foi em grande número, cantou e empurrou o tempo todo. Sem vaia e sem pressão, apenas incentivo.
E o que vem por aí?
Há uma máxima no futebol que decreta: fase de grupos é uma coisa, mata-mata é outro campeonato. A fase de grupos do Palmeiras foi no máximo regular, com uma última apresentação muito ruim. Mas agora virá o Botafogo pela frente, o brasileiro que teve que subir a montanha mais difícil até aqui. Os times se conhecem bem e, atuando no seu melhor nível, o Verdão tem boas possibilidades de avançar para as quartas-de-final. Para o time de Abel, a máxima sobre mata-mata ser outro campeonato tem de valer.
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Eduardo Tironi escreve sua coluna no Lance! às terças e sextas-feiras. Confira abaixo mais publicações do colunista:
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