O Brasil repetiu uma dobradinha no pódio nos  1.500m T11 (para pessoas com deficiência visual total) das Paralimpíadas 2024. Nesta terça-feira, 3 de setembro, Yeltsin Jacques levou o ouro, com direto a quebra do recorde mundial, e Júlio Cesar Agripino dos Santos, ficou com bronze. A prata foi para a Yitayal Yigzaw, da Etiopia. Em Paris, os atletas verde-amarelos também competiram os 5.000m T11, porém, Julio quem foi campeão com recorde mundial, e Yeltsin bronze


“Foi uma prova fantástica, repetindo o feito de Tóquio. Ganhar de novo com recorde mundial de novo... Estou muito feliz com todo o trabalho. Tive uma lesão, me recuperei, depois sofri com uma virose que acabou atrapalhando nos 5.000m, mas as expectativas eram as melhores possíveis. Nos 1.500m eu acreditava que conseguia até um pouquinho mais forte. Fiquei muito feliz de o Julio estar aqui e conquistar essa medalha também. O Brasil tem se tornado uma potência no meio fundo e no fundo. A gente será inspiração para as próximas gerações”, comentou Yeltsin Jacques, após a conquista do bicampeonato.


1500m T11


Na corrida de 1500m para deficientes visuais (classe T11), o brasileiro Julio Cesar começou liderando na primeira volta. O corredor do Equador, Jimmy Caicedo, tentou assumir a ponta na segunda volta, mas foi ultrapassado por outro atleta verde-amarelo, Yeltsin, logo no início da terceira volta. O velocista do Brasil conseguiu acelerar as passadas ao longo do percurso, junto do seu guia Guilherme Santos, e garantiu a vitória com um novo recorde mundial de  3min55s82. No decorrer do trajeto, Julio, que estava em segundo lugar até quase o final da corrida, perdeu a posição para o etíope Yitayal Yigzaw (4min03s21), e foi ao pódio na conquista da medalha de bronze ( 4min04s03).

O antigo recorde mundial e paralímpico eram de Yeltsin Jacques. A marca anterior foi estabelecida pelo brasileiro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 de 3min57s60.