Apesar de somar várias conquistas do maior torneio da América do Sul, o Sada Cruzeiro ainda não havia sido anfitrião do torneio jogando em um ginásio que conhece como a 'palma da sua mão'. Neste sábado, o time celeste sagrou-se heptacampeão do Sul-Americano dentro do ginásio do Riacho, em Contagem, onde costumeiramente manda seus jogos há seguidas temporadas.

A vitória sobre o UPCN (ARG) por 3 a 1 veio em um poliesportivo lotado, que costuma ser uma força-extra para um elenco já competente o suficiente para conseguir fazer sua parte onde quer que atue. A vaga em mais um Mundial, o nono seguido, está garantida. Os seis primeiros títulos do Sul-Americano vieram em outros palcos.

Na Arena Minas em três oportunidades, em Montes Claros, duas vezes, além de Taubaté (SP). "O barulho da torcida nos arrepia dentro de quadra, nos coloca pra cima, principalmente em momentos ruins. Isso ajuda muito. A torcida define bem o time: é raça e coração. Mesmo nas horas desfavoráveis, a gente contou com eles para irmos pra cima e colocar tudo dentro de quadra", agradece o líbero Lukinha.

Foi no Riacho que o Cruzeiro conquistou boa parte dos seus 11 títulos mineiros e onde também confirmou classificação para todas suas oito finais de Superliga. A decisão de algumas edições do maior torneio do país só não aconteceu em Contagem por causa do regulamento, que exige que os locais das decisões tenham capacidade mínima bem superior aos dois mil que cabem no Riacho.

Com a torcida marcando presença, o ginásio se transformou no costumeiro 'caldeirão' para pressionar os argentinos, que conhecem bem tal ambiente. "É inexplicável o que vivemos aqui hoje, a força dessa torcida, o que eles fizeram a nosso favor. Ganhar é sempre bom, mas dentro de casa deixa com um sabor ainda mais especial. Eles jogam juntos a todo momento, isso pesa contra o adversário e também a nosso favor. No Mundial, a gente já tinha recebido essa ajuda e novamente vimos um ambiente sensacional dentro do nosso ginásio. Foi um jogo sofrido, mas felizmente saímos com mais um título do Sul-Americano", comenta o oposto Luan, eleito o melhor da posição no campeonato.

Vale lembrar que desde 2010, o Sada Cruzeiro conquistou 37 títulos e chegou a 44 finais dos 50 campeonatos que disputou.