A seleção brasileira feminina de vôlei lutou até o fim, mas não conseguiu superar a força da Itália na decisão da Liga das Nações (VNL) 2025. Neste domingo (27 de julho), em Lodz, na Polônia, as italianas venceram por 3 sets a 1 (22/25, 25/18, 25/22 e 25/22) e conquistaram o tricampeonato da competição.

Em quadra, os erros da seleção brasileira foram determinantes diante da consistência italiana. Sem o passe na mão, a equipe verde-amarela teve dificuldades para acelerar o jogo e foi pouco eficiente nas viradas de bola. Do outro lado, a Itália mostrou volume, força no bloqueio e aproveitou melhor as oportunidades nos contra-ataques para construir a vitória.

Com o resultado, o Brasil ficou com o vice-campeonato pela quarta vez na história da VNL. A equipe verde-amarela já havia terminado na segunda colocação em 2019, 2021 e em 2022, quando também perdeu a final para a Itália. Em 2023, a seleção terminou em quarto lugar. Na edição atual, o time comandado por Zé Roberto chegou à final com apenas uma derrota, justamente para as italianas, na fase classificatória, e eliminou Alemanha e Japão no mata-mata.

Já a Itália fez campanha invicta, liderou a fase preliminar e superou Turquia e Polônia nas fases eliminatórias. Com o título, igualou os Estados Unidos como maior campeã da Liga das Nações, com três conquistas cada. As italianas levantaram o troféu em 2022, 2024 e agora em 2025, enquanto as americanas venceram em 2018, 2019 e 2021.

O JOGO

Com grande volume de jogo e ralis intensos, o primeiro set foi muito disputado. O Brasil começou melhor, abriu 8 a 5 nas primeiras trocas, mas a Itália respondeu rápido, cresceu no ataque com destaque para a oposta Egonu e empatou em 13 a 13. A virada italiana veio com a força do bloqueio da central Sarah Fahr, que colocou o time na frente em 16 a 14. Na reta final, as brasileiras aproveitaram os erros da Itália, emplacaram sete pontos consecutivos e, com o brilho da central Julia Kudiess no bloqueio, chegaram a 23 a 21. A partir daí, a seleção verde-amarela fechou em 25 a 22.

No segundo set, o Brasil teve uma queda de rendimento e acumulou erros no ataque e contra-ataque. Zé Roberto mexeu no time e promoveu as entradas da ponteira Helena e da oposta Kisy, mas as substituições não surtiram efeito. Do outro lado, a Itália aproveitou a vantagem, abriu 14 a 7 e controlou o jogo até fechar em 25 a 18, sem sustos.

Na terceira parcial, a Itália começou melhor, com destaque para a oposta Antropova, que entrou no lugar de Egonu e assumiu o comando do ataque. Assim como no set anterior, os erros do Brasil pesaram, e as italianas abriram 6 a 4. Aos poucos, a seleção brasileira conseguiu quebrar o ritmo das rivais. Rosamaria foi agressiva no ataque, marcou dois pontos seguidos e empatou em 9 a 9. A partir daí, o set ficou equilibrado, mas o passe do Brasil voltou a oscilar. Com bom volume de jogo e eficiência nas viradas de bola, a Itália abriu 21 a 19 e fechou a parcial em 25 a 22.

No último set, o Brasil partiu para cima em busca de levar a decisão ao tie-break. Zé Roberto apostou na entrada de Kisy, novamente, no lugar de Rosamaria, e a equipe respondeu em quadra. Gabi voltou a virar bolas importantes, e Julia Kudiess apareceu bem no bloqueio. A parcial seguiu ponto a ponto, com as duas seleções trocando ataques e defesas. Na reta final, a Itália emplacou uma sequência com Danesi e Antropova, abrindo vantagem. O Brasil ainda reagiu, e Kudiess chegou a parar o ataque italiano com um bloqueio em 24 a 22, salvando um set point. Mas não foi o suficiente para a virada. As europeias fecharam em 25 a 22 e garantiram a vitória por 3 sets a 1.