Bruninho conta com colegas de seleção para adiar provável adeus aos mundiais

Quando a despedida se aproxima, cada minuto conta. Por isso, o jogo contra o Irã, na próxima terça-feira (6), pelas oitavas de final do Mundial de vôlei, terá uma conotação diferente para Bruninho. O levantador da seleção brasileira entrará no ginásio em Gliwice, na Polônia, com o sentimento de quem, após longa hegemonia com a camisa verde e amarela, não sabe se voltará a jogar a competição.

E a tendência, segundo o próprio atleta, é que esse seja mesmo seu último Mundial. "Esse pensamento está longe, mas é muito provável. Pouco a pouco, temos que pensar que estamos em quadra há muitos anos. E é por isso que estou tentando viver cada jogo ao máximo, aceitando a realidade dos fatos, de que esse momento está se aproximando", declarou o levantador ao site italiano volleyball.it.

Após iniciar a competição entre os titulares, já no segundo duelo o levantador começou no banco, dando lugar a Fernando Cachopa, que vive melhor fase. Bruninho passa por uma queda de rendimento, mas revelou ao volleyball.it que tem convivido com um incômodo no dedo anelar da mão direita.

"Essa dor já me acompanha há algum tempo. Eu desloquei o dedo num jogo em Brasília, pela Liga das Nações. E, no primeiro jogo do Mundial, contra Cuba, eu esbarrei no Wallace e inchou novamente. Agora está melhor", explicou o atleta.

Aos 36 anos, o jogador será um quarentão no próximo Mundial, em 2026. Também por isso, Bruninho vê se aproximar a porta de saída da seleção, o que traz uma motivação extra para enfrentar os iranianos, já que se trata de confronto único e decisivo; quem perder está fora.

Adiar a possível despedida do Mundial é uma das missões do levantador, que deve começar novamente entre os reservas e dependerá especialmente do desempenhos dos colegas para seguir na competição com o time verde e amarelo.