O ranking de jogadoras na Superliga feminina pode sofrer mudanças a partir da temporada que vem. A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) comunicou aos clubes participantes da competição, na tarde desta sexta-feira (13), que vai fazer uma nova reunião sobre o tema. Na última quinta-feira, um primeiro encontro foi feito, quando, por maioria, em votação, ficou decidido que o ranking seguirá presente. A regra limite que cada equipe tenha, no máximo, duas atletas de pontuação máxima em seus elencos.
A polêmica ficou por conta da CBV não considerar os votos de São Paulo Barueri (SP) e Curitiba Vôlei (PR), que não estiveram presentes na reunião no Rio de Janeiro e enviaram suas decisões por email.
Depois de reclamação dos dois clubes, a CBV decidiu voltar atrás e fará uma nova votação, por meio de conferência de vídeo, com todos os participantes tendo seus votos válidos. A quantidade de jogadoras estrangeiras por clube e as condições para contratação também estará em pauta. Atualmente, o limite é de duas atletas e pode ser passado para três. Ainda não há data para a nova reunião, que será feita por videoconferência.
Depois de se manifestar sobre a primeira decisão do ranking, a central Thaisa, do Itambé Minas, voltou a usar as redes sociais para se manifestar, deixando clara sua indignação com a CBV ignorar os votos apenas pelo fato de dois times não estarem presentes.
"Acho de extrema incoerência as entidades tirarem direito de voto de duas equipes q participam da Superliga. São dois projetos que lutam para sobreviver e têm o mesmo peso e importância que as demais. Independentemente de resultado, eles não poderiam excluir dois votos por justiça, respeito e igualdade e tb por democracia. Sem clubismo, não estou por um nem por outro estou pelo vôlei, pela justiça e direito das atletas", postou a jogadora, que também se manifestou sobre o número de estrangeiras.
"Sobre 3 estrangeiras no time, acho péssimo, por isso não tem renovação. O certo seria obrigar todos os times terem no mínimo duas juvenis no elenco, para elas aprenderem, evoluírem e terem espaço. Assim, o cenário começa a mudar. Na minha época de juvenil era assim. Eu, Sheilla e Fabi começamos assim, fazendo parte de equipes adultas que tinham a 'obrigação' de ter as juvenis no elenco", completou a jogadora, grande destaque do Minas na competição.
Confira a nota da CBV
“A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) esclarece que sempre respeitou a opinião dos clubes participantes da Superliga. Seguindo este padrão, na manhã de quinta-feira, em reunião realizada aqui na CBV ficou decidido pelos clubes, por unanimidade e após duas consultas, que seriam validados apenas os votos dos times presentes em relação à definição de dois temas: ranking e estrangeiras para a Superliga 2020/2021. A CBV seguiu a conduta adotada comumente, porém, como nos últimos anos houve consulta por e-mail, e desta vez dois clubes fizeram encaminhamento e não foram informados que estes votos não seriam aceitos, a entidade entende por bem realizar uma nova reunião para determinação final quanto ao ranking na Superliga 2020/2021”.