Campeã olímpica com a seleção brasileira de vôlei em 2008 (Pequim), Walewska consolidou uma carreira internacional com passagens por Perugia (Itália), Murcia (Espanha) e Odintsovo (Rússia). Mas os primeiros saques, ataques e bloqueios da ex-central, que morreu nessa quinta-feira (21/9), aos 43 anos, foram dados em Belo Horizonte, sua cidade natal.

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A inserção no esporte começou cedo e com o incentivo do pai, Geraldo Oliveira, que frequentava o clube Vila Olímpica, do Atlético, no bairro Planalto, região Norte de BH. Enquanto Geraldo jogava peteca, os filhos aprendiam a nadar. "O lema em casa era estudar e sempre praticar esporte", revelou Walewska no documentário "O Último Ato", que conta a trajetória da ex-jogadora.

Ainda criança, Walewska costumava praticar diversas modalidades com as colegas, inclusive no antigo Colégio Kennedy, atual Escola Estadual Anita Brina Brandão, no bairro Jaraguá, região da Pampulha, onde morava. "Na sexta série, ela era uma menina meio tímida. Tinha uma altura diferente das outras e já tinha um jeito para esporte", contou o professor de educação física Heron Brito no documentário.

O pai, percebendo o gosto da filha pelo vôlei, decidiu que era hora de procurar um lugar melhor para que ela praticasse o esporte. "Ela gostava muito de jogar vôlei na rua. Eu achava aquilo incômodo, porque passa um carro e tem que parar. E é perigoso."

Heron a encaminhou a aluna para uma escola de esportes na Pampulha, onde Walewska começou a se dedicar de forma mais séria à modalidade. Percebendo o potencial da garota, o professor decidiu levá-la ao Minas Tênis Clube, onde, aos 12 anos, a atleta iniciou sua trajetória no vôlei.

À época, o caminho do Jaraguá ao bairro Lourdes, sede do Minas, era percorrido por ela e o primo Daniel Vitor pelos ônibus da antiga linha 2004, substituída pelo Move 5106. "A gente descia a rua, ia até o ponto do ônibus e esperava o 2004, que parava na Praça da Liberdade. Pegávamos todos os dias o mesmo ônibus juntos", relatou Daniel ao "O Último Ato". Trajeto que, anos depois, levou Walewska a conquistar o mundo.