Quando encerrou os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, os fãs do esporte olímpico se apegaram à frase ‘Paris é logo ali’. Agora, essa frase é mais real que nunca, já que a próxima olimpíada será já no ano que vem. Em reta final de classificação para a competição, as seleções brasileiras de vôlei disputam, neste ano, o pré-olímpico, em busca de garantir a participação em Paris 2024.
Após ano de Mundial e renovação em diversos setores, o que esperar da seleção masculina e feminina de vôlei?
Seleção masculina em 2022
2022 foi um ano de altos e baixos para a seleção masculina de vôlei. Algumas marcas negativas, como a perda da liderança do ranking mundial após 20 anos e a queda precoce na Liga das Nações (6º), ligaram o sinal de alerta na torcida. Com a ‘volta por cima’ da medalha de bronze no Mundial, a seleção terminou o ano em seu melhor momento, com atletas em grande fase e elenco encontrando seu melhor voleibol coletivo.
O que esperar para 2023?
O momento é definitivo para a briga por medalha nos Jogos Olímpicos de Paris, e jogadores mais jovens precisam chamar a responsabilidade para si, mas alguns obstáculos poderão mexer um pouco nos planos do técnico Renan Dal Zotto.
O levantador Cachopa, de 26 anos, ganhou a titularidade durante o Mundial, e viu Bruninho ficar no banco após duas décadas de seleção brasileira. Maior promessa para o ciclo olímpico, o cria da base do Sada Cruzeiro sofreu uma lesão grave no joelho durante seus primeiros jogos no Monza, da Itália, e está fora das quadras há cerca de três meses. Ainda não se sabe quando ele volta a atuar e se estará pronto - e em forma - na Liga das Nações, em maio.
Alguns nomes como Darlan (oposto), Felipe Roque (oposto), Flávio (central) e Maique (líbero), além dos já estabelecidos Leal e Lucarelli devem continuar tendo papel importante na busca da vaga em Paris. Nas temporadas nacionais, eles vêm tendo grande destaque em suas posições.
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Seleção feminina em 2022
Faltou o último jogo. Em ano de crescente, a seleção feminina teve a chance de terminar o ano com duas medalhas de ouro inéditas, mas acabou ficando com a prata em ambas as duas ocasiões. Na Liga das Nações, perdeu somente duas das 12 partidas, e no mata-mata passou por Japão e Sérvia para enfrentar a Itália na grande final. No jogo decisivo, não conseguiu parar o forte ataque das italianas. No Campeonato Mundial, deixou o fantasma da Itália para trás e a eliminou na semi, mas novamente ficou no ‘quase’ na decisão contra a Sérvia.
As duas derrotas somaram a quarta vez consecutiva em que as brasileiras ficam com a medalha de prata em torneios internacionais de grande porte, começando na Liga das Nações 2021 e passando pelos Jogos Olímpicos de Tóquio, realizado no mesmo ano.
O que esperar em 2023
O elenco é forte e já mostrou, na prática, que consegue brigar com os grandes de igual para igual, especialmente com o experiente José Roberto Guimarães no comando. A dúvida é se a seleção conseguirá espantar o ‘tabu’ da final e voltar a subir no lugar mais alto do pódio após cerca de seis anos.
Com atletas de destaque em cada posição e jovens estrelas em ascensão, o grupo não deve ser problema da seleção brasileira, que mostrou um grande potencial de reinvenção no último ano. Algumas posições podem chegar ao fim da temporada de clubes com a convocação final indefinida, como as centrais e novas ponteiras que vêm pedindo passagem na Superliga, mas o elenco chega mais forte e mais entrosado para as próximas competições, liderado pelas mais experientes como Gabi e Carol, consideradas como algumas das melhores do mundo.
Calendário 2023 do vôlei de seleções:
Liga das Nações Feminina: 30 de maio a 16 de junho
Liga das Nações Masculina: 06 de junho a 23 de julho
Pré-Olímpico Feminino: 16 a 24 de setembro
Pré-Olímpico Masculino: 30 de setembro a 08 de outubro