Com três vitórias - Alemanha, Polônia e República Dominicana - e uma derrota - Estados Unidos - em quatro jogos, a seleção feminina de vôlei fez bonito na primeira semana da Liga das Nações 2022 (VNL). Jogando em Shreveport, nos Estados Unidos, as brasileiras voltaram para casa na sexta colocação, dentro da zona de classificação para a próxima fase.

Na segunda semana, as brasileiras jogam em casa, no Ginásio Nilson Nelson, em Brasília. Com time jovem, em renovação, seleção brasileira surpreendeu com boas atuações e time entrosado. Algumas atletas se destacaram, como Macris e Carol, muito conhecidas do voleibol mineiro, e lideram estatísticas no torneio internacional.

Veja algumas estatísticas importantes da primeira semana de disputa feminina na Liga das Nações.

Melhores levantadoras

A levantadora Macris, ex-Minas e recém-contratada pelo Fenerbahçe, da Turquia, aparece no topo da lista entre as melhores da posição após quatro jogos. De acordo com as estatísticas da FIVB, são 74 levantamentos excelentes, com apenas 1 erro cometido, em 257 tentativas. Em segundo lugar vem Lauren Carlini, levantadora dos Estados Unidos, único time a vencer o Brasil, com 69 levantamentos bem sucedidos em 231 tentativas.

  1. Macris (BRA) - 74
  2. Lauren Carlini (EUA) - 69
  3. Nanami Seki (JAP) - 67
  4. Tamaki Matsui (JAP) - 64
  5. Pia Kästner (ALE) - 59

Melhores bloqueadoras

Do outro lado, na parte defensiva, também tem jogadora brasileira liderando as estatísticas. Melhor bloqueadora da Superliga com incríveis 125 acertos, Carol, central do Praia Clube, segue se destacando no fundamento, estando no topo da lista das melhores bloqueadoras da Liga das Nações. 

São 24 pontos de bloqueio em quatro jogos - uma média de seis por partida. Além dos tentos marcados, Carol ainda soma 23 toques no bloqueio em bolas que foram recuperadas pela defesa brasileira. Ela ainda é a maior pontuadora do Brasil até o momento, com 50 acertos.

Na sequência, Aleksic, da Sérvia, aparece na segunda colocação com 18 pontos, cinco a menos que a brasileira.

  1. Carol (BRA) - 24 pontos
  2. Maja Aleksic (SÉR) - 18
  3. Eline Timmerman (HOL) - 13
  4. Xinyue Yuan (CHI) - 12
  5. Chatchu-On Moksri (TAI) - 11

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Melhores recebedoras

Jogando sem a ponteira Gabi, especialista em passe, na primeira semana, a linha das recebedoras brasileiras teve um grande desafio. Porém, mesmo muito exigida, jovens jogadoras corresponderam à altura. Muito caçada no saque das adversárias, a ponteira Júlia Bergmann, estreando como titular em um torneio de grande expressão com a seleção brasileira, figura em terceiro na lista entre as melhores na recepção.

Com 77 recepções excelentes e um percentual de sucesso de 63%, a brasileira, de apenas 21 anos, aparece atrás somente de Anna Pogany, líbero da Alemanha, e Alexa Gray, ponteira da seleção do Canadá, na lista das melhores recebedoras.

  1. Anna Pogany - líbero (ALE) - 96 recepções bem sucedidas
  2. Alexa Gray - ponteira (CAN) - 82
  3. Júlia Bergmann - ponteira (BRA) - 77
  4. Sarina Koga - ponteira (JAP) - 58
  5. Maria Stenzel - líbero (POL) - 56

Melhores defensoras

O sistema defensivo do Brasil também apareceu bem, dando mais volume de jogo em momentos importantes. Após a líbero Camila Brait anunciar a aposentadoria da seleção, as jovens Nyeme (23), que deve jogar no Gerdau Minas na próxima temporada, e Natinha (25), de saída do Sesc Flamengo, herdaram a posição.

Nyeme foi titular nas quatro partidas, e chamou a atenção nas defesas. Em terceiro lugar entre as que mais fizeram defesas bem sucedidas, com 60, fica atrás de outras duas líberos: Manami Kojima, do Japão, com 78, e Anna Pogany, da Alemanha, com 77.

  1. Manami Kojima (JAP) - 78
  2. Anna Pogany (ALE) - 77
  3. Nyeme Costa (BRA) - 60
  4. Lauren Carlini (EUA) - 54
  5. Maria Stenzel (POL) - 53

As únicas estatísticas em que brasileiras não aparecem no top 5 são as de melhores atacantes e melhores pontuadoras, evidenciando o esquema de jogo equilibrado proposto pelo técnico José Roberto Guimarães, em que nenhuma atacante é o foco do sistema ofensivo.

Nesta quarta-feira (15), o Brasil volta a atuar pela Liga das Nações enfrentando a Turquia, às 21h. Jogando em Brasília, a seleção feminina enfrenta também a Holanda, a Itália e a Sérvia.