A montadora chinesa BYD, especializada na produção de veículos elétricos, surge como possível compradora da fábrica da Ford em São Bernardo do Campo (grande São Paulo). A reportagem apurou que a empresa está interessada na planta, que teve a produção encerrada no dia 30 de outubro.

A fabricante chinesa já tem uma linha de produção no Brasil, instalada em Campinas (interior de São Paulo). As operações começaram em 2017 com a montagem de chassis para ônibus elétricos e painéis solares.

Negociação em fase inicial

O objetivo é investir na fabricação de caminhões movidos a eletricidade para atender ao mercado brasileiro e aos países vizinhos. Pessoas ligadas à negociação afirmam que as conversas ainda estão em fase inicial.

Hoje, a produção da BYD em Campinas envolve baixos volumes. A empresa estuda ampliar a montagem no Brasil, palno que só será viável com uma nova planta. A aquisição da unidade da Ford seria uma aposta para o futuro, incentivada pela movimentação de concorrentes.

Ford não comenta sobre o assunto

A Ford afirma que não fará comentários sobre negociações em andamento nem irá revelar nomes de possíveis compradores da planta de São Bernardo do Campo.

O nome da BYD aparece após as negociações da Ford com o grupo Caoa esfriarem. Durante um almoço promovido na terça-feira (10), o empresário Carlos Alberto de Oliveira afirmou que as negociações continuam, embora a possibilidade de fechar negócio seja remota.

BYD é a mesma que mostrou táxi elétrico em BH

A chinesa BYD é a mesma marca escolhida, em julho de 2017, pela BHTrans, para testar o modelo elétrico e6 como possível carro homologado como táxi na capital mineira. 

Com 400 km de autonomia em uma única carga de bateria, que levava até 6 horas para recarga em casa, o BYD e6 teria sido aprovado em testes realizados por técnicos da BHTrans, que avaliaram na época quesitos como conforto, segurança, velocidade entre outros.

A promessa era de que o veículo fosse homologado pela empresa para poder se tornar apto a realizar serviço de táxi em BH. Na época, o valor de mercado do BYD e6 era alto, de R$ 270 mil. O custo elevado de aquisição do modelo acabou inviabilizando o projeto da prefeitura, engavetado há mais de dois anos.

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