Toda fabricante sabe que seus produtos precisam acompanhar as tendências do mercado e atender os apelos dos clientes de cada segmento. Com a Honda não poderia ser diferente. Em 2013 a marca lançou a CB500X – no Brasil, chegou em 2014.
A proposta era melhorar o desempenho da linha em caminhos fora de estrada. Por aqui, a versão X teve uma boa resposta do mercado, ainda mais porque as ruas das cidades brasileiras exigem uma certa capacidade off-road para serem transitadas.
Na Europa, porém, a moto não convenceu muito, por conta da adoção do mesmo conjunto mecânico da naked CB500F e da esportiva CBR500R, que a deixou mais adaptada ao asfalto.
Agora, a Honda aplicou renovações técnicas e mecânicas na nova geração da CB500X que buscaram melhorar o desempenho e dar mais DNA aventureiro à moto, com preços que partem dos 6.890 euros no mercado europeu (aproximadamente R$ 29,6 mil).
No Brasil, quando essa nova geração chegar, provavelmente em 2020, deverá manter um preço próximo aos R$ 26.490 pedidos atualmente
Mudanças visíveis
Guidom mais largo, roda dianteira de 19 polegadas no lugar da de 17, e assento mais baixo. Essas são as alterações mais marcantes numa primeira abordagem da linha 2019 da Honda CB500X.
Além disso, em comparação com o modelo anterior, houve inclusão de LEDs e painel com LCD com nova iluminação de fundo e com indicador de marcha. Tem ainda para-brisa 2 cm mais alto para aperfeiçoar a proteção do piloto contra o vento e contra possíveis partículas de poeira no ar.
Outras mudanças estão na carenagem, que ganhou proporções melhores e permitiu que o tanque de combustível ficasse com 200 mL a mais de capacidade – ou seja, agora ele pode abrigar 17,7 L contra 17,5 L de antes. A frente está com o “bico” menos afiado, e o guidom, mais elevado. A suspensão com curso mais longo também contribui para a pegada mais off-road.
Motor ficou mais potente
O motor, semelhante ao usado no Brasil, recebeu interessantes melhorias. Manteve os 471 cm³, a configuração de dois cilindros em linha e o arrefecimento líquido, mas agora oferece mais torque em baixos giros com o novo arranjo na abertura das válvulas de admissão – são 4,8 kgfm a 6.500 rpm.
A potência teve ganho de 4% e passou de 47 cv para 48 cv a 8.600 rpm. No Brasil, por conta da gasolina adicionada com álcool, o modelo já contava com 50,4 cv de potência, número que deve subir para até 52 cv quando for renovado. A transmissão é de seis marchas e tem embreagem deslizante (a manete de freio também tem regulagem na altura).
Autonomia e consumo
De acordo com a Honda, com esse conjunto mecânico é possível alcançar uma autonomia de aproximadamente 500 km, com um consumo de 28,6 km/L.O chassi não sofreu alterações e continua em aço tubular tipo Diamont – que abraça o motor.
A suspensão manteve o sistema monochoque com link na traseira e garfo em arquitetura telescópica não invertida de tubos de 41 mm de diâmetro na dianteira. Na frente, porém, o curso foi aumentado em 10 mm, passando de 140 mm para 150 mm, com possibilidade de ajustes na pré-carga.