Para não perder espaço para a concorrência, a Toyota se mexeu e acaba de lançar no Brasil as versões hatch e sedã do Yaris. Produzido na planta da Toyota em Porto Feliz e Sorocaba, no interior de São Paulo, o modelo custa entre R$ 59.950 e R$ 79.990 e preenche a lacuna entre o Etios e o Corolla na gama de produtos da marca japonesa.

No mercado mundial desde 1999 e vendido em mais de 120 países, o Yaris está em sua quarta geração. No Brasil, chega usando os motores 1.3 e 1.5 do Etios, que foram recalibrados para render até 101 cv (com gasolina) e 110 cv (com etanol). 

A expectativa da Toyota é de vender 5.800 Yaris por mês, a maioria deles (95%) com o câmbio automático CVT herdado do Corolla. A montadora espera que o volume maior de vendas seja do Yaris hatch (55%), que tem uma lista grande de rivais, entre eles o VW Polo, o Honda Fit e as versões mais caras do HB20 e do Fiat Argo. Na versão sedã, os principais adversários são o VW Virtus, o Fiat Cronos e o Honda City.

Além da tradição de durabilidade dos produtos da marca, a Toyota confia na boa lista de itens de série, e sem opcionais, do Yaris para se dar bem no mercado. Desde a versão de entrada (XL), com câmbio manual de seis marchas, a linha traz de série computador de bordo, comandos no volante, descansa-braço dianteiro, controle de estabilidade e de tração e assistente de partida em rampa. O modelo também possui direção eletroassistida, ar-condicionado, vidros e travas elétricas, faróis de neblina e retrovisor interno eletrocrômico, entre outros. A central multimídia com tela touch de sete polegadas figura a partir da versão intermediária XL 1.3 Plus Tech.

De um extremo ao outro, a versão top de linha (XLS) fica bem completa ao adicionar uma série de outros equipamentos como controle de velocidade de cruzeiro, descansa-braço traseiro, ar-condicionado digital, chave inteligente com partida do motor por botão, bancos em couro, retrovisor externo com rebatimento elétrico, câmera de ré e computador de bordo com tela de 4,2 polegadas. A versão ainda traz teto solar, sensor de chuva, lanternas em LED e sete airbags.

 

Pretenso ‘mini- Corolla’ manda bem na pista

O Super Motor teve a oportunidade de experimentar a versão sedã top do modelo. Ao volante, o motor 1.5 do Etios trabalha numa boa com o câmbio CVT, que simula sete marchas. O desempenho em velocidade de cruzeiro é legal, mas poderia ser melhor nas arrancadas e retomadas. O volante traz ajuste de altura, mas faz falta o de profundidade. A versão XLS vem com paddles shifts atrás do volante e garantem uma agilidade maior no trânsito.

A falta de fôlego em certas situações talvez explique o clamor de muitos fãs da marca de que o Yaris viesse equipado com o antigo 1.8 do Corolla, uma decisão que encareceria o produto ainda mais. Na pista, o que chegou a impressionar mesmo foi o baixo nível de ruído do Yaris sedã, que recebeu um tratamento acústico no para-brisa para ficar tão silencioso quanto o Corolla.

O jornalista viajou a convite da Toyota