A história do Salão do Automóvel de São Paulo se confunde com o início da indústria automobilística no país. A primeira mostra foi montada pela Alcântara Machado Feiras e Promoções, com patrocínio da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), aconteceu em 1960.

O primeiro Salão de São Paulo contou com 12 fabricantes e 400 mil pessoas visitaram a exposição, realizada no Parque do Ibirapuera. Como atrações, destaque para o VW Fusca, Renault  Dauphine, Simca Chambord, Aero Wyllis e a famosa Romi-Isetta.

O começo de tudo

Para melhor entender toda esta trajetória, uma viagem no túnel do tempo se faz necessária. Em 1959, três anos depois de implantação do Grupo Executivo da Indústria Automobilística (Geia), os primeiros passos que levariam à consolidação da produção de automóveis no Brasil já se mostravam definitivos.

A Volkswagen inaugurou sua primeira planta industrial no Brasil naquele ano (dia 18 de novembro) e, concomitantemente, iniciou a produção da Kombi, que tanto fez e ainda faz sucesso no país mesmo após ter saído de linha, nos anos 2000.

Naquele tempo, os carros importados ainda eram a grande maioria nas ruas do Brasil, mas uma nítida mudança de cultura começava a se processada na cabeça dos brasileiros. Agora tínhamos nossa indústria, que, apesar de apenas montadoras, no sentido literal da palavra, levavam o carimbo “Made in Brazil” em seus produtos.

Portanto, nada mais correto do que valorizar a nova fase industrial que experimentávamos. Foi por isso que um grupo de empreendedores se reuniu e começou na planejar o primeiro salão de automóveis no país.

Era preciso mostrar nosso avanço, a qualidade da produção e o que estava reservado para um futuro próximo em termos de novos lançamentos. Então, nada melhor que reunir tudo isso em um mesmo local, de preferência central, como a cidade de São Paulo, em que de uma vez só todas as montadoras e autopeças poderiam expor o que de melhor estavam em suas linhas produção.

Nascia, assim, o 1º Salão do Automóvel de São Paulo, que agora sofre com os novos tempos e corre o risco de deixar de não acontecer mais, pelo menos nos moldes tradicionais de outrora.