Um homem de 47 anos, filho de um major reformado da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), é suspeito de contratar dois criminosos para assaltar a casa do próprio pai, no bairro Goiânia, na região Nordeste de Belo Horizonte. O idoso, de 77 anos, foi agredido durante o crime e forçado a ingerir quatro comprimidos de clonazepam. A esposa dele, de 71, também foi agredida.
O roubo ocorreu na tarde de domingo (29 de junho). Segundo relato das vítimas à corporação, dois suspeitos entraram na residência após destrancarem o portão com uma chave que já possuíam. Nervosos, os criminosos agrediram o major com coronhadas, socos e chutes. Durante os atos de violência física, o idoso foi obrigado a tomar os medicamentos.
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De acordo com o major, os assaltantes roubaram um revólver calibre .38, os documentos de uma caminhonete modelo Hilux, uma carteira com R$ 400 e munições. Um vizinho anotou a placa do carro usado na fuga e repassou a informação à polícia.
O veículo foi localizado no bairro Prado, na região Oeste de BH, onde um dos envolvidos, de 43 anos, confessou participação no crime e entregou uma réplica de arma de fogo. Ele também revelou que o segundo suspeito estava a caminho de uma clínica de reabilitação para dependentes químicos em Esmeraldas, na região metropolitana.
Esse segundo suspeito foi localizado e, ao perceber a aproximação da polícia, levou a mão à cintura como se estivesse armado. Os policiais efetuaram disparos, mas o homem não foi atingido.
Armas no veículo
Com ele foram encontrados R$ 5.855 em dinheiro e um aparelho de telefone celular. No veículo usado por ele na fuga, foram localizados o revólver do major, duas réplicas de armas de fogo, distintivos, roupas da Polícia Civil e uma camisa do Exército.
Ao ser questionado, o suspeito afirmou ter sido contratado pelo filho do major. O encontro entre os dois teria ocorrido em uma lanchonete da avenida Cristiano Machado, onde o suposto contratado teria recebido R$ 7.000. O dinheiro, ainda segundo ele, foi dividido com o comparsa.
O suspeito declarou ainda que o filho do major forneceu detalhes sobre a rotina das vítimas para facilitar o crime. A filha do major relatou à polícia que o irmão se mudou para Roraima um dia após ter se encontrado com o criminoso.
O major foi levado ao Hospital Militar com três costelas fraturadas e uma lesão no nariz. Os veículos usados na fuga foram apreendidos.