Uma mulher de 59 anos fingiu estar morta para escapar de ser estuprada e assassinada pelo próprio filho, de 35 anos, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os detalhes do caso, ocorrido em 11 de julho, foram divulgados nesta quinta-feira (10/11) pela Polícia Civil, que concluiu as investigações.
O homem foi indiciado por tentativa de feminicídio e tentativa de estupro. A vítima foi encontrada com o rosto desfigurado, dentes quebrados e sinais de espancamento. O caso foi investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Contagem.
No inquérito de 124 páginas, constam os depoimentos da vítima e dos policiais militares que atenderam à ocorrência. O investigado optou por permanecer em silêncio durante a apuração. Com a conclusão do inquérito, o procedimento foi encaminhado à Justiça.
Ataque durante a madrugada
Segundo a delegada Teresa Damasceno, a mulher relatou que foi surpreendida durante a madrugada com o filho dentro do quarto. Ele acendeu uma luz forte de celular, abriu portas do guarda-roupa e demonstrava estar sob efeito de drogas. Ao tentar sair do local, ela foi atacada. “O investigado passou a agredi-la, puxando-a pelos cabelos, enforcando-a e dizendo que a mataria”, afirmou a delegada.
Ainda conforme o relato, o agressor tentou retirar a calça da vítima e passou a tocar suas partes íntimas. Ao resistir, a mulher foi espancada com socos e chutes, além de ter o nariz tampado com gel de arnica para sufocamento. “As agressões só cessaram quando a declarante fingiu estar morta”, contou Damasceno.
A vítima foi internada por dez dias e passou por cirurgia devido a fraturas na face. Ela afirmou ainda que o filho já a havia ameaçado anteriormente com faca e tesoura, e que ele é usuário de drogas, mas não possui histórico de doenças físicas ou mentais.