A Polícia Civil de Minas Gerais desmantelou uma associação criminosa especializada no furto de caminhonetes Fiat Strada, veículo bastante visado por ser de fácil adulteração, alto valor comercial e grande procura no mercado de peças usadas. Três indivíduos foram presos entre os dias 9 e 10 de julho, em uma operação contra um grupo que agia há, pelo menos, quatro meses na capital e na região metropolitana.

Foram presos Lucas Thales Aurélio da Silva, de 25 anos, conhecido como “Falcão”, Douglas Ricardo de Moura da Silva, de 23, apelidado de “DG”, e Claudiney Santos de Jesus da Costa, de 42, chamado de “Nem”. As prisões ocorreram no bairro Jatobá, em Belo Horizonte, e em Ibirité. Os dois primeiros foram abordados na quarta-feira (9), em frente a uma padaria, dentro de um Fiat Palio prata. Já Claudiney foi localizado no dia seguinte.

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O chefe da 4ª Delegacia Especializada em Prevenção e Investigação a Furto e Roubo de Veículos, delegado Luciano Guimarães Nascimento, detalhou que o grupo agia com uma estrutura bem definida. “Eles tinham funções específicas: furto, adulteração, revenda e até clonagem dos veículos. E sempre voltados para o mesmo modelo, a Fiat Strada”, afirmou. As ações dos criminosos foram monitoradas por semanas através de vigilância técnica e imagens de câmeras de segurança.

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— O Tempo (@otempo) July 11, 2025

A investigação, coordenada pelo delegado Roberto Veran, titular da 4ª Delegacia da Polícia Civil, foi iniciada após uma sequência de ocorrências envolvendo o mesmo tipo de veículo. Foram pelo menos cinco caminhonetes furtadas entre maio e outubro de 2024, nos bairros do Barreiro e em Contagem. Em todos os casos, a participação de Lucas, Douglas e Claudiney foi confirmada por meio das imagens das câmeras de segurança. Os três sempre agiam juntos. 

Além dos presos, também foi identificado Ian Carlo Almeida Souza, que estaria envolvido na logística do grupo. Ele foi flagrado no carro com os outros dois suspeitos, mas não há confirmação oficial de sua prisão até o momento.

Durante as buscas, foram apreendidos um bloqueador de rastreador veicular, cheques de uma das vítimas e aparelhos celulares. A Fiat Strada, segundo os investigadores, é um alvo comum para esse tipo de crime por sua facilidade de arrombamento e alta demanda no mercado paralelo. “A tampa traseira da carroceria é uma das peças mais cobiçadas”, explicou o delegado Roberto Veran.

Segundo a Polícia Civil, os veículos subtraídos eram destinados a dois fins: parte era adulterada para revenda, e outra parte, desmanchada e comercializada em peças. Agora, o foco das investigações é identificar os receptadores e possíveis ligações com quadrilhas maiores. Todos os três presos têm passagens anteriores por furto e tráfico de drogas, e foram indiciados por furto qualificado e associação criminosa.

As autoridades reforçam a importância de as vítimas entregarem imagens de câmeras de segurança no momento do registro do boletim de ocorrência, o que tem sido decisivo na identificação e prisão de suspeitos.