Um homem de 21 anos foi indiciado pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) nesta segunda-feira (14/7) por homicídio qualificado. A investigação apurou que ele dirigia embriagado quando invadiu a contramão e colidiu com duas motocicletas — uma delas conduzida pela dentista Kamilla Morais Madrona, que não resistiu aos ferimentos e morreu. O acidente ocorreu em Coronel Fabriciano, no Vale do Aço, no domingo (6/7).
De acordo com a PCMG, o motorista foi indiciado por homicídio qualificado — por perigo comum e impossibilidade de defesa da vítima — e por lesão corporal grave.
Ele foi preso em flagrante e permanece no sistema prisional, após a conversão da prisão em preventiva a pedido da PCMG.
Investigação
As investigações conduzidas pela Delegacia de Polícia de Coronel Fabriciano apontaram que o motorista dirigia sob efeito de álcool, em alta velocidade, e chegou a avançar um sinal vermelho momentos antes da colisão, que ocorreu após ele invadir a contramão.
“Imagens de câmeras de segurança e o laudo pericial confirmaram a dinâmica do acidente, demonstrando que a conduta imprudente e perigosa do investigado foi a causa direta da tragédia”, afirmou o delegado Washington Alves Moreira Izaías.
Segundo a PCMG, testemunhas relataram que o veículo trafegava de forma desgovernada e que o motorista havia sido visto consumindo bebida alcoólica em um churrasco pouco antes do acidente. A própria passageira que estava no carro confirmou o consumo de álcool pelo condutor.
Ainda conforme o delegado, a versão apresentada pela passageira contradiz os elementos apurados. “A alegação de que o casal se dirigia ao Hospital Municipal de Coronel Fabriciano foi descartada, já que havia uma unidade de atendimento mais próxima, a UPA, e não há qualquer registro de atendimento anterior relacionado à passageira”, explicou.
A Polícia Civil também solicitou ao Poder Judiciário a suspensão do direito de dirigir do suspeito, além da prorrogação da prisão preventiva até a realização do julgamento. “Diante da extrema gravidade dos fatos, do risco de reiteração delitiva e da necessidade de garantir a ordem pública e a aplicação da lei penal”, justificou o delegado.
A Polícia Civil encaminhou o inquérito ao Ministério Público, que ficará responsável pelos próximos passos do processo.