Um homem de 47 anos foi preso e encaminhado ao Ceresp Gameleira na manhã desta quinta-feira (13/8) por aliciamento e produção de conteúdo sexual com menores, após uma denúncia que partiu de São Paulo.

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O delegado Arthur Benício, titular da delegacia especializada em crimes cibernéticos da Polícia Civil de Minas Gerais, explicou que o suspeito foi localizado em sua residência após a denúncia. "Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão, nossa equipe encontrou conteúdos de pedofilia no celular do suspeito, o que levou à sua prisão em flagrante", disse ele.

Benício detalhou que o inquérito estava investigando o aliciamento de uma criança de 11 anos do estado de São Paulo. "Ela era obrigada a enviar conteúdos de nudez, e ele também enviava vídeos se masturbando para ela. O material analisado revelou um vasto conteúdo de pornografia infantil, que ele usava para conseguir mais vítimas e reenviava para terceiros", explicou o delegado.

Uso de redes sociais para aliciar

O delegado também abordou como o suspeito se conectava com as crianças. "Ele utilizava o Telegram para receber fotos e vídeos, além de perfis de menores. Fazia contato, conversava e migrava para outras redes sociais. Usava jogos online e se passava por adolescente, mentindo sobre sua idade. Em alguns casos, ele falava sua verdadeira idade e perguntava se a criança se importava com isso", afirmou Benício.

"A família da criança de 11 anos encontrou o conteúdo no aparelho dela e acionou a polícia. É importante destacar que, embora ele nunca tenha sido preso antes, já havia registros de boletins de ocorrência relacionados a assédios sexuais", ressaltou o delegado.

O homem foi preso no bairro Dom Bosco, em Belo Horizonte, e, segundo Benício, colaborou durante a prisão. "Ele confessou que mantinha diálogos com crianças e que iniciou essa prática através de uma pessoa que conheceu no Facebook. Ele faz isso há pelo menos três anos", revelou.

Benício também mencionou que a Polícia Civil de Minas Gerais identificou ao menos cinco vítimas até o momento, mas "esse número pode mudar conforme as investigações avançam". "Ele alegou em interrogatório que já se relacionou com 13 crianças", acrescentou.

O delegado destacou a preocupação com o uso de aplicativos que demandam poucos dados para cadastro. "Isso dificulta o rastreio. É fundamental que os pais monitorem o acesso de crianças a redes sociais, que se tornaram um vasto campo para a prática de crimes, como a pedofilia. As crianças não devem ter acesso a esse tipo de rede social. Caso optem por utilizar, é obrigação dos pais fazer o monitoramento", concluiu. 

"A situação é grave e requer atenção. Precisamos garantir que as crianças não sejam vítimas dessa prática criminosa que pode marcar suas vidas para sempre", finalizou Arthur Benício.