Um homem de 41 anos foi preso, nessa quinta-feira (21/8), sob a suspeita de abusar sexualmente da enteada, de 10 anos, em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). De acordo com a Polícia Civil (PCMG), a companheira dele, mãe da vítima, registrou o crime por meio de uma câmera de segurança instalada na residência da família.

Conforme a PCMG, a prisão foi coordenada pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Sabará, onde a mãe da criança entregou os registros no dia 12 de agosto. "Conforme apurado, o homem se aproveitava dos momentos em que estava sozinho com a criança ou quando ela dormia para acariciar o corpo dela", apontou a instituição. Até o momento, a Polícia Civil já ouviu a mãe, o pai e a irmã da vítima, bem como o suspeito.

Suspeito também é acusado de abusar das filhas

A delegada Joana Miraglia, responsável pelas investigações, afirmou que a conduta do suspeito não foi um ato isolado, pois ele teria praticado abusos similares contra duas filhas do casal, quando elas tinham entre 10 e 11 anos. “A mãe informou que a filha mais velha contou que ela e a irmã também foram abusadas pelo investigado, mas na época não acreditou nelas”, disse Miraglia.

A delegada explicou que a mulher teve uma terceira filha, com outro homem (a enteada que sofreu abuso), e depois reatou com o suspeito. “Mesmo tendo reatado o relacionamento, ficou desconfiada e instalou uma câmara de segurança, conseguindo gravar o momento em que o companheiro acaricia os seios da filha dela, de 10 anos, enquanto a menor dormia”, disse Joana.

Miraglia relatou ainda que a irmã mais velha da vítima, atualmente com 18 anos, foi ouvida em cartório e disse que foi abusada pelo pai entre 10 e 11 anos, mas não chegou a denunciar o crime por se sentir ameaçada pelo pai.  “A testemunha disse que, depois que foi morar sozinha, não manteve contato com os genitores, mas que o que aconteceu com a irmã era exatamente o que acontecia com ela, anos atrás”, complementou.

A PCMG indicou que, com o conhecimento dos fatos, foi instaurado inquérito policial, requerida medida protetiva para a vítima e representada pela prisão preventiva do suspeito. Na delegacia, ao ser preso, o suspeito optou por permanecer em silêncio.