O policial penal Rodrigo Caldas de 45 anos, acusado de matar a companheira Priscila Azevedo Mundim, de 46 anos, foi indiciado pela Polícia Civil e deverá responder pelo crime de feminicídio. Na manhã desta terça-feira (2/9), a Polícia Civil informou que concluiu sobre o assassinato ocorrido no dia 16 de agosto dentro do apartamento do suspeito, no bairro Padre Eustáquio, na região Noroeste de Belo Horizonte.

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As investigações apontam que o casal estava junto havia 5 meses e teriam tido uma discussão na noite anterior ao dia em que a vítima foi encontrada morta. De acordo com a Polícia Civil, Caldas matou Priscila por esganadura após ter agredido a vítima. Inicialmente chegou a ser divulgado que ele confessou o crime para um tio, mas, conforme a polícia, ele se manteve calado em boa parte do depoimento."Ele chegou a admitir em determinado momento que agrediu Priscila e que segurou o pescoço dela", explicou a delegada Iara França, responsável pelas investigações.

Ainda segundo a delegada, após cometer o assassinato, o homem  tentou se matar tomando remédios e desinfetante, mas teria vomitado tudo. "Ele ainda dormiu após tomar os medicamentos', afirmou a delegada.

Na manhã em que foi abordado pela polícia, horas depois do crime, o acusado teria se esfaqueado e foi encontrado com uma faca enfiada na barriga. "Ele chegou a tentar agredir os policiais, mas foi detido e levado para o hospital, onde passou por cirurgia no abdômen", disse a delegada.

Possessivo

Depoimentos de parentes da vítima à Polícia Civil, apontam que Caldas era extremamente possessivo e não deixava a companheira nem sequer ir ao supermercado sem que ele soubesse. Segundo a delegada, "o homem tinha o perfil típico de um feminicida" e já havia se comportado assim com outras namoradas.

"Ele é um cara que nos relacionamento anteriores já exercia um controle total, descrito pelas ex-companheiras. Elas relataram de forma espontânea a palavra sufocamento. Não dava tempo para essas mulheres viverem suas vidas", explicou Iara França.  

O Policial Penal foi indiciado pelo crime de feminicídio praticado sob o âmbito de violência doméstica e pode cumprir até 40 anos de prisão. O homem está recolhido na Casa de Custódia Penal de Matozinhos e recebendo tratamento psiquiátrico em Ribeirão das Neves. Ele já estava afastado de suas funções por problemas psicológicos, conforme a Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp/MG)

A reportagem não conseguiu contato com a defesa do acusado.