Para coibir crimes patrimoniais e aumentar a sensação de segurança, a Polícia Militar (PM) deu inicío nesta quarta-feira (3) à operação Cavaleiros de Aço, que vai aumentar o patrulhamento em bairros de Belo Horizonte. O primeiro a receber mais segurança será o bairro de Lourdes, na região Centro-Sul da capital, onde moradores e comerciantes têm denunciado furtos e roubos, inclusive durante o dia.

De acordo com o capitão Adriano Médici, da 4ª Companhia da Polícia Militar, responsável pela área, a operação vai durar todo o mês de setembro e se estenderá para outros bairros da região. "Temos visto os índices de criminalidade na região diminuírem ano a ano, mas a divulgação de vídeo de pequenos furtos nas redes sociais tem aumentado a sensação de insegurança entre os moradores e comerciantes. O que não é verdade", explicou Médici.

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Segundo o militar, apesar de não apresentar números, Lourdes e os bairros vizinhos têm um baixo índice de criminalidade. Ele explicou que as ocorrências registradas nessas localidades, em sua maioria, são pequenos furtos a comerciantes e pessoas andando pelas ruas.

O capitão pede que as pessoas procurem a PM antes de divulgarem os flagrantes em vídeos de câmeras de segurança ou celular. "Essas imagens nos ajudam muito a identificar os criminosos. Muitas vezes são os mesmos que praticam esses crimes", explicou. 

O lançamento da operação aconteceu na praça João Luiz Alves, onde já existe, desde setembro de 2017, um ponto móvel de apoio da Polícia Militar. "Moradores, comerciantes e transeuntes que foram furtados ou roubados, podem nos procurar aqui, na praça, que a nossa resposta e busca pelos bandidos é mais rápida", concluiu.

Casos

Dona de um comércio no bairro de Lourdes, Glaciane Nogueira, de 48 anos, disse que há pouco tempo um senhor teve uma correntinha roubada na porta de um supermercado próximo. "Uma operação dessas tinha que ter mais vezes, esses pequenos furtos às vezes espantam nossos clientes", enfatizou Glaciane, que disse se sentir mais protegida com o policiamento.

Proprietária de uma ótica na região,  Karina Costa, de 47 anos, reclama que é preciso mais policiamento na parte da manhã.  "Os policiais têm que começar a circular de manhã bem cedo, porque geralmente eles chegam aqui depois do almoço, e a parte da manhã fica desprovida se segurança. Querendo ou não, os bandidos ficam sabendo disso e se aproveitam", ponderou.

Nelson Rocha, de 56 anos, é taxista no ponto da rua Marilia de Dirceu há sete anos. Ele disse que o bairro é tranquilo, mas que ocorrem sim pequenos furtos. "Eu já vi aqui pessoas fazendo pequenos furtos, entra numa drogaria aqui perto e sai correndo. Uma operação como essa é bom pra nós que trabalhamos nas ruas e para os moradores se sentirem mais seguros", ressaltou.

O estudante, Pedro Walter, de 20 anos, é morador do bairro desde que nasceu e se sente seguro em andar pelas ruas do bairro, mas disse que conhece pessoas que já foram furtadas. "Aqui tem mais furto de celular, relógio, correntinha. É sempre ruim porque uma hora pode acontecer com a gente. Espero que essa operação continue", disse o estudante.

Segundo a Polícia Militar, a Operação Cavaleiros de Aço terá o apoio do efetivo da Cavalaria e da Academia Militar.