Moscou. Ao fim desta Copa do Mundo, a Croácia terá disputado um jogo a mais em sua jornada até a final, fruto das três prorrogações em sequência que o time enfrentou no mata-mata da Copa.
Números que impressionam. Em um espaço de 11 dias, os croatas jogaram 127 min e 40s contra a Dinamarca, 131 min diante da Rússia e outros 133 min contra os ingleses. Nos dois primeiros embates, o agravante das penalidades. Mas os croatas jamais cederam, permaneceram inabaláveis apesar da condição física questionável.
Além de encarar uma maratona, o time teve que buscar o resultado no marcador. Uma jornada apoteótica e que traz aquele sentimento de que cada jogo dos Ardentes, o apelido croata, é sinônimo de emoção.
"Provavelmente somos o único time desta competição que jogou oito jogos, isto é extremamente difícil", destaca o técnico Zlatko Dalic.
A frieza para reverter os resultados adversos também é admirável. A Croácia não se abate.
"Parece que, para mim, quanto mais enfrentamos dificuldades, jogamos melhor. Eu não estou com medo de domingo, a França tem um dia a mais de descanso, mas nós não temos desculpas, esta é a final da Copa do Mundo, temos que estar preparados, porque é uma oportunidade única. Alcançamos este objetivo, temos uma motivação extra para estarmos prontos para este jogo", completa o treinador.
Dalic revelou após a partida contra a Inglaterra que teve problemas para fazer substituições na equipe. "Ninguém queria deixar o jogo. Todos queriam jogar no limite", comentou.
Mas todo sacrifício tem seu custo. Para a grande decisão da Copa do Mundo alguma alteração no time poderia acontecer? O sorriso com a pergunta sobre a possibilidade de mexer em seus 11 titulares é inevitável. Não é o momento de abrir o jogo.
"Eu não sei quem está bem e inteiro fisicamente, então eu não discuti isso ainda. Eu não vou falar isso, não é nem mistério. Apenas posso dizer que temos 22 grandes jogadores e que todos querem estar neste jogo", encerrou.