Uma fortaleza para poucos. Em plena segunda-feira, pós-feriado, o belorizontino que passa nas proximidades do Mineirão, teve mais um dia caótico de Copa América. Interdições que sufocaram as vias para pouquíssimos e bravos torcedores que toparam assistir Japão e Equador, pela última rodada do grupo C do torneio internacional.
Nas proximidades do Mineirão, o que mais se via eram policiais, carros blindados, cavalaria e pouquíssimos torcedores. A expectativa de público mais positiva aponta para algo em torno de 5 mil pessoas.
Tanto policiamente que assustou os torcedores equatorianos Santiago Nolivos, 14, e Rocio Lopez, 55. Eles vieram de Dallas, nos Estados Unidos, para acompanhar a Copa América e estiveram em todos os jogos de "La Tri" no torneio. Belo Horizonte, segundo eles, é de longe a cidade com mais efetivo policial nas ruas.
"Parece que estamos indo à uma guerra e não a um evento esportivo", disse Rocio. "É uma preocupação que a gente não consegue entender com um jogo assim tão normal", completou.
Antes de a competição começar, a PM informou que mais de mil policiais estariam nas ruas em dias de jogos, além de cinco companhias envolvidas no Batalhão Copa América.
Preocupados, mas na torcida
Santiago Nolivos, por sua vez, é um louco por futebol e lamentou que a seleção de seu país esteja apresentando um futebol tão ruim na Copa América. "Eles não têm mais a paixão de antes. É uma pena. Mas temos esperança que vão conseguir se classificar", disse o garoto.
Se o Equador passar, o time terá pela frente o Brasil, na quinta-feira, em Porto Alegre. Para esse jogo, Rocio é clara. "Acabaram as viagens. Vamos voltar aos Estados Unidos em uma semana", salientou a senhora, agradecendo o carinho dos belorizontinos. "Só temos que cumprimentar a todos pela recepção. Belo Horizonte é uma cidade muito legal", finalizou.