Dos 49 jogadores estrangeiros que já vestiram a camisa do Atlético, a imensa maioria (45) era composta por sul-americanos, mostrando que a contratação do jovem volante equatoriano Alan Franco, de 21 anos, que estava no Independiente del Valle, mantém a tradição.
Mas se levarmos em conta o desempenho dos atletas da América do Sul que passaram pelo Galo recentemente, a esperança da Massa não deve ser muito grande, apesar de o novo atleta contar com a simpatia do técnico Jorge Sampaoli e do diretor de futebol Alexandre Mattos.
Mais pelo que fez fora de campo do que dentro, o também equatoriano Cazares é a lembrança mais viva do torcedor alvinegro. Apesar de seu enorme potencial técnico, suas atitudes fora das quatro linhas, mostrando total descompromisso com a condição de atleta profissional, fizeram sua passagem pelo clube, que ainda não acabou oficialmente, uma dor de cabeça para o Atlético, pois até a vida dos companheiros de elenco Cazares colocou em risco, apesar de ser o estrangeiro que mais atuou pelo Galo (205 jogos).
Dos que estiveram recentemente no clube ou ainda estão, o venezuelano Otero é o único que parece ter correspondido parcialmente aos anseios da torcida. Em 133 partidas pelo Atlético, o meia marcou 26 gols, uma média de quase 0,2 gol por jogo, que, se não é alta, se soma à boas atuações e à uma qualidade pouco vista no futebol brasileiro atual: bater bem na bola de longa distância.
No mais, os últimos atletas sul-americanos no Atlético foram uma decepção, como o meia uruguaio Terans, o atacante argentino Di Santo, o volante paraguaio Martinéz, o zagueiro uruguaio Martín Rea, o lateral Lucas Hernández, também uruguaio; o atacante venezuelano Savarino, o meia colombiano Dylan Borrero e seu compatriota, o atacante Chará, que, apesar de mostrar um desempenho mediano, não rendeu o que dele se esperava quando foi contratado como o mais caro jogador adquirido pelo Galo (US$ 6 milhões – R$ 35 milhões pela cotação atual) junto ao Junior Barranquila. Menos mal que ele foi vendido por US$ 6,5 milhões (R$ 32,5 milhões) para o Portland Timbers (EUA) no começo deste ano.
Gringos recentes em números
- Otero (meia venezuelano) - 2016/19 - 133 jogos/26 gols
- Cazares (meia equatoriano) - 2016/20 - 205 jogos/41 gols
- Terans (meia uruguaio) 2018/19 - 33 jogos/2 gols
- Martín Rea (zagueiro uruguaio) - 2018/19 - 1 jogo
- Chará (atacante colombiano) - 2018/19 - 68 jogos/10 gols
- Lucas Hernández (lateral uruguaio) - 2019 - 7 jogos
- Di Santo (atacante argentino) - 2019/20 - 33 jogos/7 gols
- Martinéz (volante paraguaio) - 2019/20 - 14 jogos
- Savarino (atacante venezuelano) 2020 - 5 jogos/1 gol
- Dylan Borrero (meia colombiano) - 2020 - 4 jogos
Os quatro estrangeiros que não eram da América do Sul
- Espanhol (goleiro italiano, apesar do apelido) 1939/40 e 1942
- Benito Fantoni (zagueiro italiano) 1956/60
- David (atacante ganês) 1997
- Petkovic (meia sérvio) 2008
Fonte: Galo Digital