CBF autoriza Atlético a levar bandeiras; Cruzeiro diz que vai impedir entrada

A CBF informou nesta sexta-feira que o Atlético poderá levar bandeiras e instrumentos musicais para o clássico de domingo, no Mineirão. A ordem vai contrária ao que deseja o time celeste. Por sua vez, a diretoria da Raposa garante que não permitirá a entrada destes materiais do lado alvinegro.

A CBF soltou comunicado oficial nesta sexta-feira dizendo não ter motivo para tal veto. "Após analisarmos o teor dos referidos documentos bem como a legislação e regulamentação desportiva vigentes, entendemos que as medidas e restrições pretendidas pelo Cruzeiro Esporte Clube, por si só, não encontram amparo legal, uma vez que o Estatuto do Torcedor assegura expressamente o direito ao uso dos mencionados objetos para “fins de manifestação festiva e amigável” durante a realização de eventos esportivos".

"É inequívoco que proibições dessa natureza somente podem ser estabelecidas se o Clube mandante e as Autoridades Públicas Competentes demonstrem fundamentos razoáveis a justificar a necessidade do controle prévio, sob pena de tais medidas restringirem os direitos fundamentais de liberdade de expressão e manifestação dos torcedores"

Em contato com o Super FC, o vice-presidente jurídico da Raposa, Fabiano Oliveira Costa garantiu que o clube celeste, mandante no clássico, não vai obedecer a decisão da CBF e que vetará a entrada dos materiais da torcida atleticana. 

"O Cruzeiro contratou seguranças e orientou para que não deixe entrada de bandeiras e instrumentos musicais. O Cruzeiro apela para o bom senso do clube visitante e da torcida para que não ocorra uma tragédia no Mineirão", disse Fabiano.

A Federação Mineira de Futebol, por sua vez, já havia liberado a entrada das bandeiras e instrumentos musicais na reunião feita na quinta-feira em sua sede.

"A FMF, conforme o Ofício FMF/DCO/008/017, esclarece que permite o acesso de bandeiras e/ou instrumentos musicais, portados pela torcida dos times mandante e visitante, em todos os estádios do Estado de Minas Gerais, salvo se comprovada falta de segurança ou salvo decisão contrária do Poder Judiciário, do Ministério Público ou órgão de segurança pública".

Veja a decisão da CBF