A euforia diante da iminência do bicampeonato brasileiro estendeu-se da arquibancada do Mineirão para o Bar do Salomão, no Bairro Serra, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Atleticanos não só cantavam, como também erguiam faixas no reduto alvinegro para comemorar o título após a virada sobre o Fluminense, neste domingo (28), por 2 a 1.
Marília, 72, por exemplo, assistiu ao confronto ao lado da filha, Aurélia. A mãe não só acompanhou o título de 1971, como também “derrotas terríveis” nos últimos 50 anos, conforme ela mesma. “O coração continua atleticano, à prova de fogo, confiante e dando graças a Deus de a gente ter chegado até aqui”, afirmou em entrevista à Rádio Super 91,7 FM.
De acordo com Marília, ser atleticano é se levantar todo dia para ser feliz. “Não tem infelicidade aqui, não. Aqui, você se levanta para ser feliz. Nós somos felizes porque somos atleticanas.” Ela ainda ressaltou que a paixão pelo Galo passou de mãe para filha. “Queria só acrescentar que quem transmite somos nós, mulheres. Nós que transmitimos esse amor pelo Atlético.”
A filha, Aurélia, saudou todas as mães e as avós alvinegras. “São quem fazem esse sentimento ser muito maior do que só futebol. (Uma) Coisa que é passada, um sentimento de amor, de pertencimento, como a minha avó e a minha mãe fizeram. Para todas as mães e as avós atleticanas, quero mandar um beijo.”
A torcida atleticana pode ver o bicampeonato ser confirmado já na próxima terça-feira (30). O Flamengo enfrentará o Ceará, no Maracanã, em jogo válido pela 36ª rodada. Caso o Rubro-Negro não vença, o título do Galo será matematicamente confirmado. Caso contrário, o Atlético voltará a campo, na próxima quinta, na Arena Fonte Nova, contra o Bahia, quando poderá também ser campeão.