Os acontecimentos lamentáveis dentro do estádio Romelio Martínez, em Barranquilla, na Colômbia, durante a partida entre América de Cali e Atlético geraram insatisfação em quem acompanhava o jogo. Em campo, jogadores sem condições de atuar por conta do gás lacrimogêneo utilizado do lado de fora por policiais para dispersar os manifestantes. Apesar dos sinais dados dias antes do jogo, de que esses problemas poderiam acontecer, a Conmebol decidiu manter a partida no país. 

Rodrigo Caetano, diretor de futebol do Atlético, admitiu que a partida poderia ter sido disputada em outro lugar, tendo em vista as complicações do país. 

“Não é o ambiente desejado para a prática do futebol. Longe disso. Entendemos que, apesar de termos tido toda proteção e o cuidado da polícia, dos órgão responsáveis pelo jogo, certamente o palco ideal para essa partida não seria aqui na Colômbia, aqui em Barranquilla. Tínhamos outras opções, mas nós cumprimos a determinação da Conmebol”, afirmou o dirigente. 

As diversas paralisações durante o jogo, por conta do incômodo causado pelo gás lacrimogêneo, somado ao momento de insegurança, por não saberem o que poderia acontecer, deixou a delegação do Galo preocupada, mas o clube tentou controlar a situação para não afetar os atletas em campo. 

“A gente procurou de todas as formas, isolar esses acontecimentos, principalmente, no que diz respeito à questão mental dos atletas. Para que não tivéssemos nenhum tipo de interferência naquilo que tínhamos como objetivo. Lamentamos porque todos nós nos sentimos atingidos pelo gás e pela insegurança no entorno”, disse Rodrigo Caetano. 

Apesar dos problemas que invadiram o gramado, o Galo conseguiu bater o América de Cali por 3 a 1 e avançou às oitavas de final da Libertadores com duas rodadas de antecedência.  

“Acho que toda delegação, não só os atletas, comissão técnica e todos os funcionários do Galo aqui, representaram bem a instituição e tenho certeza de que o torcedor está extremamente orgulhoso por todo comportamento dentro e fora de campo, que o Atlético demonstrou nesse episódio lamentável, mas que sirva de missão para que futuramente isso não se repita”, disse o diretor de futebol.