O amor de Terezinha pelo Atlético, antes marcado apenas no peito, agora está desenhado no punho esquerdo, do lado do coração. Emocionada e surpresa, a torcedora ilustre do Galo, conhecida por auxiliar na entrada das crianças no gramado antes dos jogos, participou da ação na Arena MRV e fez uma tatuagem para celebrar o bicampeonato.
O estádio em construção do Galo realiza uma ação nesta segunda-feira (6), após o Atlético levantar a taça de campeão brasileiro, que deixou torcedores esperando na fila desde a tarde de domingo (5). Cerca de mil pessoas serão tatuadas de graça no “Flash tattoo” organizado pelo clube. Até a publicação desta matéria, mais de 200 torcedores já haviam sido tatuados.
O torcedor pode escolher quatro opções para tatuar. A taça do Campeonato Brasileiro, o contorno do Galo Volpi, o desenho da Arena MRV, e a frase “O Galo ganhou”. Tia Terezinha escolheu desenhar o Galo no punho esquerdo. A torcedora foi convidada pela MRV para comparecer ao evento e foi pega de surpresa com o convite para fazer a sua primeira tatuagem.
Ao chegar no Centro de Experiências da Arena MRV, Terezinha foi recebida pelos funcionários do local e, desconfiada, mas sem saber o motivo do convite, dizia “não vou tatuar, não, gente. Isso dói”. A torcedora não sabia que já estava tudo planejado pela organização do evento e que ela poderia fazer a tatuagem que quisesse.
“Falaram para eu vir aqui pela manhã. Eu tinha medo. Todo mundo ficou falando para eu fazer, mas só de ver a agulha eu já pensava que ia doer demais, mas eu resolvi fazer. E gostei. Fiquei muito emocionada, porque eu nunca tive coragem de fazer e agora eu fiz essa maravilha. Quando ele começou a fazer, eu pensei ‘agora eu tenho o Galo dentro do meu peito, no coração, e agora também no meu braço”, disse a torcedora ao Super.FC
Aos 73 anos, Terezinha foi tatuada pelo também torcedor do Galo Thiago Scap, conhecido entre os atleticanos. Ela se emocionou ao lembrar de sua amiga Tia Célia, que morreu em 2017, aos 88 anos. Célia e Terezinha trabalharam juntas por quase 40 anos coordenando a entrada das crianças no gramado em dias de jogos do Atlético.
“Fiquei emocionada também porque lembrei da Tia Célia. Ela, na idade dela, teria coragem de fazer também em qualquer lugar que falassem, tenho certeza. Ela era muito guerreira, muito corajosa. Que Deus a tenha. Eu tenho muitas saudades dela. Eu agradeço demais ao Atlético pela oportunidade”, contou Terezinha.