São Petersburgo, Rússia. Petrogrado, Leningrado ou simplesmente São Petersburgo. Independentemente do nome que a definiu em diferentes momentos históricos, a segunda maior cidade da Rússia e palco do jogo da seleção brasileira contra a Costa Rica respira ostentação.
As marcas do coração do Império Russo, que resistiu do século XVII ao XX até a Revolução de 1917, estão por todos os lados: a suntuosidade dos palácios, a beleza de seus canais, a grandiosidade de seus monumentos. Tudo nos lembra que estamos na cidade dos czares.
Banhada pelo rio Neva, São Petersburgo já nasceu de um sonho megalomaníaco do primeiro imperador russo. Pedro, o Grande, decidiu construir, no litoral pantanoso da baía do golfo da Finlândia, em 1703, a cidade mais europeia da Rússia. Para isso, não poupou esforços e reproduziu tudo o que viu por suas viagens pelo continente, incluindo os canais pelos quais se apaixonou em Amsterdã, na Holanda, e que hoje cortam toda a cidade. Daí, a alcunha de “a Veneza do Norte”.
Essa característica fez da cidade a mais aberta e preparada para os turistas no país, com suas placas em inglês e dezenas de lojas das grife mais sofisticadas do planeta alinhadas em um dos metros quadrados mais caros do mundo: a avenida Nevsky, sua principal rua. Terra natal de Vladimir Putin, a cidade é “a cara da riqueza”, escolhida pela nova burguesia russa, os novos milionários após o fim da União Soviética. É como se atravessássemos um portal entre a Rússia antiga para sua versão cosmopolita.
Passear por Piter, como é carinhosamente chamada pelos locais, é transitar pela história do próprio império russo. A maioria dos pontos turísticos pertenceu a algum czar ou czarina e guarda vestígios de um tempo de glória da qual o russo não abre mão de se orgulhar.
Por todos os cantos de São Petersburgo, vemos casais vestidos a rigor, com perucas e mantos de veludo, representando os grandes personagens imperiais da Rússia: Pedro, Catarina, Alexandre e Nicolau, se misturam a milhares de turistas que transitam pela cidade nestes dias de Mundial.
Peterhof
Pedro merece mesmo a alcunha de Grande. Além de ser o primeiro imperador russo, ele não só tinha grande ideias como ajudava a executá-las. É dele o projeto de um dos jardins mais bonitos de todo o país, o Peterhof, onde construiu também seu palácio de verão. O local é um complexo de palácios-museus, jardins e mais de 150 fontes.
Hermitage
Considerado o quarto maior museu do mundo, o Hermitage abrigava o Palácio de Inverno, onde viveram diversos czares russos, entre eles Catarina, a Grande. Sua coleção majestosa começou quando Catarina adquiriu as primeiras pinturas para decorar a residência. Hoje, o acervo reúne centenas de obras-primas.
Catedral
Assim como a própria cidade, a catedral ortodoxa localizada no coração de São Petersburgo, a poucos metros da avenida Nevsky, é oficialmente nomeada de igreja da Ressurreição do Salvador, mas é conhecida popularmente como Catedral do Sangue Derramado, por ter sido o palco do assassinato do czar Alexandre II – cujo mausoléu permanece no local com pedras ainda manchadas por seu sangue. A igreja é uma das grandes maravilhas de toda a Rússia.