Chapecoense e Cruzeiro vão fazer nesta terça-feira o nono confronto na Arena Condá. Um duelo de extremo equilíbrio. A disputa entre ambos está empatada. Cada time veceu dois jogos e outros quatro empates foram registrados, dentre eles o do ano passado, quando Chape e Cruzeiro ficaram no 1 a 1. Os dois acabaram rebaixados à segunda divisão nacional. 

A partida desta terça-feira, às 21h30, no entanto, apresenta a Chapecoense vivendo seu melhor momento na temporada, liderando a Série B com 47 pontos e invicta há 16 jogos na segunda divisão. 

Jogador que mais vestiu a camisa do Cruzeiro, o goleiro Fábio é uma das figuras dos confrontos celestes contra a Chape, partidas que começaram a ser disputadas em 2012, quando o time catarinense cruzou o caminho da Raposa pela Copa do Brasil. 

Saindo atrás no placar

O camisa 1 alertou para as dificuldades que o time sempre encontrou na Arena Condá. Por isso, aliada à fase vivida pelo adversário, o time estrelado precisa ter atenção. Nos dois últimos compromissos, a equipe comandada pelo técnico Luiz Felipe Scolari saiu atrás no marcador. Repetir esse cenário contra a Chape pode ser fatal dentro da Arena Condá. 

"Um jogo difícil pela situação da Chapecoense na liderança do campeonato, uma equipe bem entrosada desde o início da competição, acho que reformulou muito pouco e isso, com certeza, é mérito tanto do planejamento da equipe e de todos que fazem parte desta campanha", observou Fábio.

"A gente sempre jogou aqui e encontrou dificuldades, e nessa ocasião não será diferente. Mas estamos preparados, a gente vem também em uma sequência boa, lógico que os dois últimos resultados dentro do Mineirão não foram os esperados, mas a equipe teve o poder de reação, lutou até o fim, e esperamos fazer isso desde o princípio aqui contra a Chapecoense para se Deus quiser sair com um bom resultado", acrescentou o camisa 1. 

Defesa forte e um não pelo caminho 

Outra forte característica da campanha da Chapecoense é o sistema defensivo. Em 22 partidas na Série B, o time catarinense sofreu apenas seis gols. Essa é uma das marcas do trabalho de Umberto Louzer, comandante que teve uma negociação frustrada com o Cruzeiro antes do acerto com Luiz Felipe Scolari. 

“Agradeço o contato do Cruzeiro, mas optei por permanecer na Chapecoense. De fato, houve um interesse para que pudesse assumir a equipe, mas acredito muito no projeto que aqui está sendo desenvolvido. Pesou nesta decisão minha vontade de permanecer e concluir o que começamos. Além disso, prezo por cumprir meu contrato por onde passo e aqui não será diferente", disse o comandante, de 40 anos, em mensagem publicada pela Chapecoense à época da negociação frustrada. 

Com isso, o Cruzeiro, que já tinha ouvido um não de Felipão, voltou à carga pelo veterano técnico e acabou acertando a contratação por três temporadas.