Em 1º de julho de 2015, o Cruzeiro selou a contratação do meia Luiz Fernando, revelado pelo Águia de Marabá e com passagem pelo Campinense. O contrato com a Raposa se expirou em julho deste ano e o não cumprimento de verbas trabalhistas gerou uma ação na Justiça de R$ 700 mil. Nesta terça-feira, em audiência na 39ª Vara do Trabalho, o Cruzeiro foi condenado a ressarcir o atleta, que nunca entrou em campo com a camisa celeste.
Além dos R$ 700 mil, a Raposa terá que arcar com R$ 14 mil de custas processuais. A decisão cabe recurso. Luiz Fernando chegou ao Cruzeiro por intermédio do empresário Givanildo Santos, que também levou Caíque Valdívia ao clube durante a gestão Gilvan de Pinho Tavares.
Chama a atenção que o contrato estabelecido com o jogador previa um aumento de R$ 10 mil nos vencimentos a cada 12 meses. Luiz Fernando, que treinou por apenas cinco períodos com o time principal da Raposa e rodou emprestado a clubes como Criciúma, Mirassol, Guarani e América de Natal, iniciou sua passagem pelo Cruzeiro recebendo R$ 30 mil e ingressou no último ano de contrato com vencimentos na casa de R$ 70 mil.
O jogador entrou na Justiça contra o Cruzeiro cobrando inicialmente R$ 669.130,58 em julho deste ano. Na ação, ele reclama o não recebimento de salários relativos ao ano de 2019, além de parcelas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e multas no artigo 477 da CLT.