A passagem de Rogério Ceni no Cruzeiro ainda vai reverberar em muitas rodas de conversa sobre o futebol e também entre os atletas que fizeram parte do marcado grupo celeste de 2019. O goleiro Fábio, jogador que mais vestiu a camisa do clube estrelado na história, deu o seu parecer sobre a passagem do ex-arqueiro à frente do clube. 

Entrevistado no programa "Bolívia Talk Show", do canal Desimpedidos, no YouTube, o goleiro cruzeirense deixou claro que nunca levou para o lado pessoal a disputa que foi conservada pela imprensa em relação a Ceni e ele. Fábio foi o que mais sofreu gols para o ex-goleiro são-paulino na história (sete tentos, seis pelo Cruzeiro e um pelo Vasco). Apesar disso, o ídolo cruzeirense acredita que faltou a Ceni maior capacidade de gestão de grupo para evitar a exposição que foi criada quando da sua passagem. 

"Eu sempre fui muito bem resolvido nessa situação do Rogério, nunca vi como demérito, mas como mérito dos gols que ele fez.. A gente estava com o pensamento de que o Rogério era o nome certo para tirar o Cruzeiro daquela situação, tanto que tínhamos duas opções: ele era um e o outro era o nome do Dorival, que já tinha vivenciado uma situação parecida, tanto no São Paulo quanto no Flamengo. Quando o Rogério veio, eu poderia, se eu tivesse pensando somente em mim, 'ah eu não quero trabalhar com esse cara'. Mas essa situação nunca me incomodou. Infelizmente, a parte de gestão de grupo não foi da forma que a gente esperava e aconteceu muito atrito", disse o camisa 1 do Cruzeiro.

Anteriormente, Rodriguinho havia afirmado também no mesmo programa que Ceni teria chegado ao Cruzeiro batendo de frente com os medalhões. Fábio brincou sobre a situação. 

"Último que podia falar de idade era o Rogério, jogou até os 44. Você tem que saber fazer a gestão de grupos", finalizou o jogador cruzeirense. 

Rogério Ceni deixou o Cruzeiro após um mês no comando. Foram apenas oito jogos à frente da Raposa, sendo que a equipe não conseguiu vencer nos últimos cinco duelos de Ceni no comando.