A bronca do Cruzeiro com a arbitragem de Luiz Flavio de Oliveira e seus auxiliares, no empate contra o Vasco, na última quarta-feira, no Mineirão, foi muito além das reclamações após o apito final, que partiram dos jogadores, da torcida e também do técnico Mano Menezes.
Pela primeira vez na temporada, a direção resolveu agir de forma mais enfática em virtude de interferência direta do juiz no resultado final de 1 a 1. Na próxima segunda-feira, o diretor Marcelo Djian comparecerá à sede da Confederaçã Brasileira de Futebol (CBF), no Rio de Janeiro, para reclamar formalmente sobre a atuação da equipe de arbitragem.
Na partida válida pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro, Luiz Flávio deixou de dar um pênalti claro no lateral-direito Edilson, ainda no primeiro tempo. O lance aconteceu perto do árbitro e ainda mais próximo do auxiliar que fica atrás do gol. "Não sei pra que existe esse cara ali se pouco interfere ou chama responsabilidade pra si", afirmou Edilson no dia seguinte ao duelo. No segundo tempo, o Cruzeiro reclamou de empurrão sofrido pelo atacante Raniel cometido pelo zagueiro Paulão.
As críticas foram intensas após o jogo, mesmo com comissão e atletas garantindo que não se sentiam muito á vontade para falar de erros de arbitragem.
"Hoje (quarta) eles seguraram a gente. Não tiveram nem classe pra fazer. Foi vergonhoso, nem tentaram esconder. Mas é só isso que vou falar sobre a abitragem. Quando essas coisas acontecem, elas influenciam no comportamento de todos. Erros acontecem todos os jogos, as vezes contra, as vezes a favor, mas hoje não foram erros", protestou Mano Menezes.