O conselho gestor do Cruzeiro e Minas Arena vêm mantendo conversas nos últimos dias em prol do fechamento de um novo acordo comercial. As tratativas estão bem adiantadas e o clube celeste já possui em mãos um documento de mais de 40 páginas produzido pela administradora do Gigante da Pampulha para resolver a dívida pelo não pagamento de custos operacionais desde 2013, hoje superior a R$ 40 milhões, e uma nova proposta de contrato pelos próximos 10 anos.
A informação foi confirmada à reportagem por Samuel Lloyd, diretor comercial da Minas Arena. O executivo destacou ainda que a proposta extinguiria os imbróglios judiciais que as partes travam. O acordo seria pago em parcelas de até 24 meses, chegando a um valor total de R$ 20 milhões.
"A opção que colocamos na mesa para o Cruzeiro contempla, inclusive, os danos causados ao estádio. Caso o conselho gestor aceite a nossa proposta, vamos levar o acordo para ser validado judicialmente, extinguindo as duas ações que estão em dicussão (a primeira é de 2013 a 2015, e a outra é de 2016 a 2017). Não queremos que fique nada para trás, mas que tudo seja resolvido e que possamos já trabalhar no futuro dessa parceria", salientou Lloyd.
Após o rompimento do contrato de exclusividade com a Minas Arena, o Cruzeiro vem fechando mandos no Mineirão jogo a jogo. No início deste ano, o clube fechou um pacote para os três primeiros jogos da temporada. A negociação também colocou o time novamente na mesa de negociações com a administradora.
A situação já vinha sendo discutida pelo clube desde a atuação de Vittorio Medioli como CEO da Raposa. "Os clubes possuem total liberdade para negociar e fechar acordos por três, quatro, cinco, sete jogos. Mas o que propomos são mais benefícios se o clube fechar conosco por mais tempo. É possível que o Cruzeiro feche um acordo para todo este ano com o Mineirão. A decisão está com o conselho gestor", disse Lloyd.
VENDA DE NAMING RIGHTS
O Cruzeiro também apresentou ao Mineirão a possibilidade de realizar o pagamento da dívida que possui com a comercialização dos naming rights do estádio. Essa possibilidade foi exclusivamente colocada em discussão pelo conselho gestor celeste. "Nós ainda não chegamos a um consenso sobre essa opção, mas estamos abertos a ouvir os nossos parceiros para novas possibilidades comerciais. Vamos continuar conversando com o Cruzeiro sobre isso", reforçou Samuel Lloyd.