O presidente do Atlético-GO, Adson Batista, criticou o Cruzeiro pela condução da venda de Renato Kayzer ao Atlhetico Paranaense. Uma situação em especial deixou o dirigente irritado, a nota oficial da Raposa lamentando o comportamento do Dragão quanto à liberação do atleta, já que o Cruzeiro informa que notificou o time goiano, que se recusou a liberar o atacante, não deixando outra alternativa à Raposa se não ingressar na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) para conseguir a liberação liminar de Renato Kayzer.
"Eu vou chorar, o Cruzeiro tem moral para falar alguma coisa de alguém?", indagou Adson Batista, presidente do Atlético-GO.
"O Cruzeiro não tem moral para falar coisa errada de ninguém não. O tanto de coisas erradas que eles fazem. Eu não fiz nada errado. Eu defendi o Atlético-GO. Respeito a entidade Cruzeiro, eu respeito muito, sempre tivemos uma boa relação com o Cruzeiro, com o Benecy (Queiroz) que é uma pessoa muito séria, que está lá há 200 anos. Mas infelizmente eles não agiram corretamente", ressaltou Adson.
O presidente do Dragão ainda fez uma espécie de alerta à Raposa ao declarar que o jurídico do clube está atento à condução das ações do Cruzeiro.
"Nós estamos com o nosso jurídico atento e vamos ver mais adiante quem vai ter problema. É evidente que o jogador mudou de lado e ele tem as razões dele, infelizmente, porque ontem ele tinha uma ideia e hoje ela já possui outra. Está na hora disso acabar, eu não suporto mais viver nessa agonia, nesse desgaste e o Atlético-GO é maior do que isso", disse o dirigente após a derrota para o Atlético por 4 a 3.
Adson não parou por aí. Ele explicou ainda todo o imbróglio envolvendo Kayzer, destacando que o Atlético-GO ofereceu ao jogador até mesmo o maior salário da história da equipe.
"A situação do Kayzer foi hiper, mega, desgastante, e é bom deixar muito claro que comigo as coisas são sérias. Eu procurei defender o Atlético Goianiense a todo custo e fiz isso a todo momento. As pessos ficam falando 'ah, por que não depositou a multa?' Não adianta depositar se o jogador não assina comigo. Do que adianta? Eu vou jogar dinheiro no lixo porque o jogador e o empresário são soberanos. O Atlético ofereceu mais um de R$ 1 milhão em luvas para o senhor Renato Kayzer, fez um salário maior do clube historicamente, um contrato de três anos. Eu vinha há dois meses trabalhando isso, vocês (jornalistas) podem confirmar com ele", revelou o dirigente.
Adson voltou a fazer críticas em relação às tratativas, mas não quis nominalmente citar seja Cruzeiro ou Athletico Paranaense.
"O problema é que virou um leilão danado e, infelizmente, tem clube que eu não vou aqui acusar golpe porque eu sou maior que isso, o Atlético Goiainiense é maior que isso, para ser ainda maiores do que somos, nós não podemos acusar golpe, mas tem clube que não tem escrúpulo, não tem o mínimo de respeito e não tem seriedade com as coisas. É um clube que conversa com você em um dia, te dá um tapa nas costas e te empurra paa o abismo. Isso para mim não interessa. Kayzer é coisa do passado, eu fiz que tudo ocorresse, o jogador chegou quase que chorando para mim, agradeço até a postura dele de vir jogar porque 99% não joga, ele veio jogar contra empresário, contra Cruzeiro, contra tudo. Não vamos misturar as coisas. Realmente o dinheiro fala mais alto, mas nós sempre superamos. O Atlético está mais forte ainda", concluiu o dirigente.
Kayzer se apresentou para jogar uma última vez pelo Atlético-GO na noite desse sábado, quando o clube foi derrotado pelo Atlético, arquirrival celeste, por 4 a 3. A expectativa é que o negócio seja concretizado na próxima semana, com Kayzer sendo, enfim, liberado para acertar a documentação com o Athletico Paranaense. A proposta foi na ordem de R$ 5 milhões.