Rodrigo Pastana, diretor de futebol do Cruzeiro, negou que o clube tenha feito qualquer tipo de sondagem ou tenha aberto conversas com o técnico Vanderlei Luxemburgo em face de uma possível substituição ao técnico Mozart Santos, que vem balançando no cargo e acumula uma sequência de sete resultados negativos à frente da Raposa. Para completar, o time ocupa hoje a 17ª posição, ou seja, é o primeiro time do Z-4, com apenas 11 pontos conquistados.
Segundo o diretor, Mozart possui o grupo celeste na mão, o que facilita até mesmo na busca pela melhor formação, algo que o treinador ainda não conseguiu estabelecer.
"Não houve nenhuma procura a treinador algum, nem ao Luxemburgo e a nenhum outro profissional. Nós pensamos diariamente no trabalho com o Mozart, o grupo está unido com ele, o grupo gosta do trabalho, claro que essa avaliação acontece pelos resultados, e eu respeito. Mas o trabalho diário é muito bom", apontou Pastana.
"Ele tem muito conhecimento, tem experiência, uma experiência não só como atleta, mas como treinador também. Vem de um trabalho excelente junto ao CSA no ano passado. O fato dele ter o grupo na mão ajuda muito para que a gente a cada jogo tente encontrar a melhor formação. Não é fácil, ele teve uma semana só de trabalho, o restante foi só regenerativo e conversas em vídeo. Mas a gente acredita, sim, que essa comissão técnica vai nos trazer ao caminho natural que é de vitórias", complementou o dirigente.
Pastana, no entanto, admitiu que o time cruzeirense vem experimentando muitas mudanças e que Mozart Santos gostaria de trabalhar com um esquema de três zagueiros. No entanto, ele condicionou essas mudanças não ao desejo do treinador, que promove relações e escalações, no mínimo, curiosas, reaparecendo com nomes que nem andavam entre os escolhidos para os jogos ou ainda sacando atletas do elenco quando estes pareciam estar se encaixando dentro da ideia de jogo.
"Você tem bastante razão. São muitas mudanças, infelizmente a maioria deleas gerada ou por expulsões ou por lesões. O Mozart foi muito claro nas primeiras entrevistas sobre o modelo que ele gostaria de adotar que era o 3-4-3, infelizmente não houve possibilidade. Tiveram vezes que tivemos dois zagueiros para uma partida, isso pode voltar a acontecer com o tempo. Porém, por ora, foi muito difícil manter o 3-4-3 e isso prejudicou bastante, era uma linha que ele já vinha trabalhando, tanto no CSA quanto na Chapecoense", avaliou.
"Você é obrigado a mudar jogadores em todos os jogos porque mutio por falta de equilíbrio. Isso é muito claro para mim. É um diagnóstico que nós já fizemos. Nós somos talvez a equipe com o maior número de expulsões no campeonato", reforçou o executivo, reconhecendo a 'mea-culpa' quanto ao desequilíbrio do time.
Neste 'troca-troca' constante no grupo de relacionados, muitos jogadores da base costumam perder chances, sequer sendo relacionados. Mas para Pastana, não existe essa caracterização de jogador da base, mas, sim, atletas profissionais que precisam performar nas atividades diárias para serem escalados.
"Quanto aos garotos da base, essa determinação nem usa aqui, nem tem essa caracterização de garotos ou não da base. São todos atletas profissionais que já performaram, que tem certa minutagem e que precisam, sim, performar diariamente para ter a possibilidade de serem escalados, relacionados, nas partidas da Série B, do fim de semana, da terça-feira, enfim. Nós não caracterizamos os atletas aqui como jogadores da base, jogadores novos ou mais velhos. A gente os carateriza como jogadores profissionais de futebol que têm que ter desempenho semanal e diário para que eles possam ser escalados na partida", concluiu.