Mozart Santos é o quinto técnico do Cruzeiro na gestão de Sérgio Santos Rodrigues, eleito presidente pela primeira vez em maio do ano passado. O mandatário explica por que fez tantas mudanças no comando, especificamente as saídas de Ney Franco e Luiz Felipe Scolari durante a temporada anterior.
Por meio de áudio gravado de forma não autorizada em reunião com torcedores, o dirigente alega que não aguentava mais assistir à sua equipe sofrendo em jogos contra times mais modestos, como Sampaio Corrêa e CSA.
"Discordo de algumas análises quando a gente faz uma análise técnica. A gente vem de uma estrutura que o Tiago Nunes não conseguiu fazer no Corinthians, mudar o jogo reativo para o jogo propositivo. O que me incomodava ano passado era chegar aqui e ver o Sampaio Corrêa no Mineirão. Não adianta falar que era Ney [Franco], porque o CSA do Pastana amassou o Felipão no Independência também. Todos os jogos que a gente jogou no ano a gente teve mais posse de bola. Tem coisas atípicas, é claro. Não acho que haja erro de jogo", afirmou Sérgio Santos Rodrigues.
O presidente ainda atribuiu as críticas da torcida aos resultados negativos do clube desde que assumiu o comando: os mineiros não conseguiram o acesso em 2020 e sofreram eliminações no Estadual e na Copa do Brasil.
"Eu conversei com o Marcos Braz [vice-presidente de futebol do Flamengo] quando estava negociando o Orejuela para lá. O cara ganhou tudo no Flamengo e era criticado. A gente ganhou seis partidas, eu era Deus, começou a perder, levei porrada. Felipão veio, virei Deus, Felipão não deu certo, tomei porrada. Eu estou acostumado, isso é conforme o resultado", comentou.
"Eu sei que o time precisa de reforço, mas a gente precisa de alguém para pagar. Se eu atraso o salário, eu sou filha da p*, se eu não contrato ninguém, eu sou filha da p*. Não dá isso não".