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Sérgio Rodrigues propõe replicar modelo de gestão do Atlético no Cruzeiro

Presidente cruzeirense quer utilizar o que é feito no arquirrival nos bastidores da Toca da Raposa II. Ele convidou empresários para ajudar na gestão cruzeirense

Por Josias Pereira e Thiago Fernandes
Publicado em 15 de outubro de 2021 | 17:35
 
 
 
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O presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, deu a sua versão sobre o encontro com investidores na manhã desta sexta-feira (15) e disse que propôs que fosse replicado na Toca da Raposa II o que é feito no arquirrival Atlético, uma gestão conjunta entre o mandatário e os investidores.

"As outras duas grandes questões importantes é sobre uma reunião que tive agora de manhã. Ainda em Portugal, eu me senti com aquele que é aliado número um do Cruzeiro, o Pedrinho. A gente bateu um papo, ele viu como a situação estava. Ele disse que não abandonaria o Cruzeiro, mas pediu para buscar mais pessoas. A gente fez contato, não falei hora nenhuma com as pessoas que estavam na reunião. Eram três empresários, a reunião foi muito clara. Eu citei o modelo que o presidente do arquirrival, Sérgio Coelho, falou. Eu falei para eles ficarem mais perto da gestão", afirmou.

"É até curioso, cada veículo falava uma coisa. Eu sou muito tranquilo para falar. Não pedimos valores específicos, falamos o que o Cruzeiro tem de atraso, o que o Cruzeiro precisa para fechar a operação. A gente só vai poder registrar a SAF em dezembro por questões operacionais. Eu convidei essas pessoas para participarem e ficarem perto da gente. Eu cheguei até a falar que, se eles quiserem tomar as decisões, eu nem faço questão de ter votos. Pedi para ajudarem em um nome para o diretor de futebol. Nosso convite hoje foi para isso", acrescentou.

O dirigente se reuniu com empresários na manhã desta sexta-feira para discutir a possibilidade de investimentos no clube e disse que há um novo encontro programado para a próxima segunda-feira (18), com a presença de Pedro Lourenço, que está em Portugal.

"Uma nova rodada de reunião foi marcada para segunda-feira, nada foi colocado. Tudo o que li sobre a reunião de hoje de manhã foi mentira. A versão real foi essa, não teve negativa definitiva, houve convite da nossa parte para que os empresários participem ativamente, como acontece no rival. São pessoas experientes, a gente precisa de ajuda", comentou.

O Super.FC conversou com uma pessoa presente na reunião ocorrida no período matutino, que informou à reportagem que o dirigente pediu R$ 9 milhões para quitar salários atrasados e mais R$ 21 milhões para pagar as folhas salariais restantes em 2021. O grupo, no entanto, se negou a entregar o valor ao mandatário e avisou que só investirá o necessário para quitar as folhas salariais de setembro a dezembro. Entretanto, condicionaram o investimento à ausência do presidente no departamento de futebol.

Sérgio Santos Rodrigues está em descrédito com os empresários que auxiliaram o clube no decorrer desta temporada. O dirigente está fragilizado nos bastidores.

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