Maradona marcou a todos os amantes e praticantes da bola. Quem teve o privilégio de ser um jogador, reconhece ainda mais os feitos de um 'pequeno gigante', que foi o grande destaque da Copa do Mundo de 1986, sendo reverenciado por quem admira o futebol bem jogado.
Dos anônimos aos ídolos máximos, Maradona mostrou uma qualidade inesquecível, que o fez ser comparado com Pelé. "Essa comparação, por si só, já mostra o que ele fez com a bola nos pés. Estou em estado de choque com a notícia do seu falecimento, era um gênio e, infelizmente, não o conheci. O grande problema da sua vida foi a relação com as drogas. O sonho dele foi parecido com o meu, de vestir a camisa do seu coração. No meu caso, do Cruzeiro, no dele, da Argentina. Escutava muito do Maradona pelo Perfumo, que foi um grande amigo meu", comenta Dirceu Lopes, ex-meia e um dos maiores ídolos da história do Cruzeiro.
Os adversários, quando enfrentavam Maradona, sabiam bem da qualidade que estava do outro lado. "Ele tinha uma canhota incrível, um cara com dribles, visão de jogo, dava gosto de ver jogar, mesmo sendo oponente. Sempre exigia um cuidado muito grande. Hoje é um da muito triste para o futebol. Joguei na Roma (1983 a 1986) e Sampdoria (1986 a 1992) no período em que ele defendia o Napoli", lembra o ex-meia Toninho Cerezo.
O ex-jogador do Atlético e seleção brasileira teve o privilégio de passar um Réveillon ao lado de Maradona, Careca e Alemão, brasileiros que eram seus companheiros de time no Napoli. "Era uma pessoa fácil de líder, gostava muito de brasileiros. Eu saí de Gênova e fui pra casa deles em Napoli, ficamos lá por dois dias, foi muito bom, todas as famílias reunidas. Isso era 1984 ou 1985", recorda Cerezo.