Dono do Independência, o América acompanha os problemas financeiros da Luarenas, a empresa que administra o estádio. A concessionária pediu, no ano passado, a rescisão de contrato com o Estado. A equipe do governador Romeu Zema avalia a situação.

Segundo Marcus Salum, presidente do conselho de administração, o Coelho aceita assumir a operação do Independência em caso de saída da Luarenas. “Vamos fazer um encontro de contas, voltar o estádio para o clube. O América vai tornar o estádio igual ou melhor do que é hoje”, disse. 

O América só não quer sair no prejuízo. O clube cedeu o terreno em comodato para o Estado em 2009 por 20 anos. Quando da cessão para o poder público, a diretoria alviverde estabeleceu algumas condições, que não estão sendo cumpridas, segundo informou Salum.

“Para licitar para a iniciativa privada, o América tem uma receita. Mas ela não é paga há mais de três anos. Nossa relação com o Estado é a melhor possível, independentemente de governos. Vejo um operador em dificuldade, uma discussão sobre quem vai fazer o quê, fico sem receber e tendo até que pagar para jogar.”

O América tem direto a 5% da arrecadação bruta, mas precisa arcar com despesas mínimas, algo em torno de R$ 10 mil, já que são abertos poucos setores da arena. Sem receber, o Coelho chegou a parar de pagar os custos operacionais, mas, assim, não havia condições de abrir o estádio.

Presidente da Luarenas, Bruno Balsimelli propõe o diálogo para resolver a situação. "A solução que eu penso é construir a quatro mãos. Uma solução inteligente. Eu propus já para o governo e para o América também. Se não for assim, por favor, pegue a chave e vá tocar o negócio e coloque R$ 4 milhões por ano no equipamento", ressaltou Balsimelli, ao Super FC.