O skate chegou avassalador nos Jogos Olímpicos. Na sua primeira edição, em Tóquio, a modalidade mostra porque foi escolhida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), sendo a 'cara' dos Jogos pela dinâmica dos resultados e mudanças rápidas de posições, tendo forte relação com o público jovem.
Apesar da boa aceitação com os mais novos, quem está em outra faixa etária também deve ter se impressionado com os truques e manobras tirados da 'manga' pelos privilegiados que conseguiram a classificação para os Jogos. Nesta segunda-feira, o Brasil voltou a ocupar o pódio com nova medalha de prata, agora com Rayssa Leal. No dia anterior, foi a vez de Kelvin Hoefler ter o mesmo resultado.
Fadinha, como também é conhecida, parecia que estava no quintal de casa, sem demonstrar sentir qualquer tipo de pressão por carregar uma responsabilidade de corresponder às expectativas. O fato de estar participando da estreia de sua modalidade nas Olimpíadas, participando do maior evento esportivo do mundo pela primeira vez, parece que era apenas um detalhe para a brasileira de apenas 13 anos.
Com o carrinho nos pés, ela mostrou a mesma desenvoltura que a fez chegar nos Jogos de Tóquio como grande candidata a uma medalha, feito que se confirmou com a segunda posição e a prata no peito.
O skate se difere, principalmente, por mostrar jovens e crianças com um alto nível de performance que não aparece em outras modalidades. Enquanto, em outros esportes, os novatos entram em uma Olimpíada para ganhar experiência pensando nas próximas edições, no skate a meninada chega sem pudor algum para mostrar a força da sua vivacidade.
O que também chama atenção é como a expressão' se divertir' aparece com frequência nas declarações e entrevistas dos atletas, que parecem conseguir deixar toda e qualquer pressão de lado para fazer o que mais gostam, como se estivessem em um momento de descontração com os amigos, sem a presença de jurados ou milhões de espectadores.
"Só pensei em me divertir e seguir animada pra que tudo desse certo e assim aconteceu. Dei meu melhor e ainda pude brincar com as meninas durante a prova. Foi incrível conseguir um lugarzinho no pódio. Fico feliz de representar bem o país e o mais importante foi que eu me diverti ao lado da minha família do skate. Foi um sonho ajudar o skate a estar nas Olimpíadas, é algo gratificante", comenta.
Nesta segunda-feira, os Jogos tiveram um momento histórico com o pódio tendo a mais baixa média de idade de todos os tempos. O ouro ficou com a japonesa Nishiya Momiji, de 13 anos, mesma idade da brasileira Rayssa Leal, medalha de prata, com o terceiro lugar indo para a japonesa Nakayama Funa, de 16 anos. Foi apenas na sua quinta e última volta que Rayssa conseguiu os pontos necessários para se confirmar no pódio, ficando a 0,62 pontos da medalhista de ouro.
A idade média no pódio foi de apenas 14 anos e 191 dias, deixando claro que experiência não vale tanto dentro desta modalidade. A sagacidade e ausência de medo de apresentar seu melhor, marcas dos mais novos, fazem a diferença para um momento único, que tende a ser visto mais vezes nos próximos dias. "É legal demais ver que o skate está transformando as Olimpíadas, em muitos anos não tínhamos um pódio tão jovem nos Jogos, estamos mudando a história deste evento. O nível do skate feminino tem só aumentado", completa.
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