Ser, na teoria, um reserva e conseguir viver o auge da carreira dentro do maior time brasileiro de todos os tempos parece ser uma missão complicada para quem chega ao Sada Cruzeiro. Com paciência, perseverança e eficiência, o oposto Luan, de 29 anos, conseguiu tal feito, superando a concorrência de Evandro, campeão olímpico em 2016. Nesta quarta-feira, às 19h, ele novamente deve começar jogando em duelo contra o Sesi (SP), válido pela nona rodada do returno da Superliga masculina. A partida terá transmissão ao vivo do pay-per-view da CBV.
O Cruzeiro é o líder isolado com cinco pontos de vantagem sobre o segundo colocado EMS Taubaté Funvic (SP). O Sesi está na quarta posição, com 17 pontos a menos que os azuis, e tem sofrido com as ausências do central Sidão e de Lucas Lóh e Fábio, seus ponteiros titulares. O time paulista é um velho conhecido dos celestes, já tendo enfrentado este grande rival em quatro finais do maior torneio do país.
Luan está na sua segunda temporada no Cruzeiro e sabia que as chances de entrar em quadra são, ao mesmo tempo, poucas e frequentes. Em todos os jogos, as inversões entre levantadores e opostos acontecem e é aí que surge a possibilidade de mostrar serviço durante alguns minutos. Foi mantendo um bom nível nas suas entradas que Luan assumiu de vez a posição de titular logo após o duelo contra o América, em Montes Claros, no dia 19 de janeiro. Nesta partida, Evandro começou como titular mas foi substituído ainda no primeiro set.
Com lesão de Evandro nas costas, Luan seguiu firme na missão de ser o virador de bolas pela saída de rede. Quando o experiente campeão olímpico se recuperou, Luan já havia tomado conta da vaga, tendo papel importante na conquista da Copa Brasil e do Sul-Americano. No torneio continental, inclusive, entrou na seleção do campeonato como melhor oposto. "Não é fácil ter um cara com o patamar dele para disputa posição, um jogador multicampeão, não tenho nem o que falar da sua carreira. O Evandro foi muito bem no Mundial, fez grandes partidas na Superliga, mas acabou se machucando. Ficou uma ou duas semanas de fora e o rendimento cai, isso é normal. Eu estava treinando bem, fazendo meu papel e fico feliz de ter a confiança do Marcelo, isso é muito importante pra mim. As coisas com o Cachopa se encaixaram e acho que estou na melhor fase da minha carreira. É preciso ter pé no chão e cabeça firme para seguir aproveitando este bom momento", agradece o jogador. Na última rodada, Luan foi um dos preservados pelo técnico Marcelo Mendez e começou na reserva. Com a dificuldade do time em colocar bolas no chão, o treinador colocou o oposto em quadra para fazer a diferença, saindo do Riacho com o troféu Viva Vôlei, de melhor atleta da partida.
Parte médica ajudou no crescimento
Antes de chegar ao Sada Cruzeiro, Luan atuou no vôlei da Turquia. Antes disso, defendeu equipes como Canoas, Maringá e JF Vôlei, quando seu potencial não pôde ser explorado devido à algumas lesões que o impediram de ter sequência. No time celeste, ele conta com profissionais do mais alto nível que têm feito a diferença para ele deixar para trás estes problemas físicos. "Eu começava bem, mas as lesões sempre me forçavam a parar e recomeçar tudo de novo, O Cruzeiro não só me repatriou como renovou comigo na última temporada, mostrou acreditar no meu potencial. O Fábio Correia, nosso preparador físico, é um cara excepcional, um dos melhores do mundo. Ele está sempre no pé de todo mundo, conversando e não deixando que nos descuidemos. Mesmo quando a semana de jogos não permite que façamos a parte física ideal, ele pede pra gente fazer um reforço, toma muito cuidado com todos. O pessoal da fisioterapia também é diferenciado, isso faz com que todos estejam 100%", reconhece o atacante.
Motivado. Também nesta quarta-feira, o Fiat Minas enfrenta o lanterna Ponta Grossa (SP), chegando de importante triunfo sobre o Taubaté. Nas últimas quatro rodadas, a equipe de BH encarou somente favoritos ao título, tendo vencido três destes compromissos. "O principal é manter nossa postura de intensidade e garra, não tenho dúvidas disso. O poder de superação e resiliência desse grupo é muito grande, e provamos isso pra nós mesmos no último jogo", destaca o ponta Honorato.
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