A premiação do Sul-Americano de clubes de vôlei masculino ignorou o oposto Evandro, que fez a diferença nos momentos mais decisivos do torneio, levando o Sada Cruzeiro ao hexacampeonato, no último sábado, após vencer o UPCN-ARG. Na semifinal, o jogador foi um dos grandes responsáveis pela virada diante do Obras-ARG.
Após perder os dois primeiros sets, o Cruzeiro virou o jogo, tendo em Evandro uma peça fundamental na parte técnica e mental. As provocações e encaradas ao adversário pareceram ter mexido com os brios dos atletas argentinos, que caíram no tie-break.
“Esta questão psicológica conta muito. Quando começamos a discutir e provocá-los, o rendimento deles caiu, entramos na cabeça deles e viramos o jogo. Se conta eu não sei, mas garanto que valeu a pena”, afirma Evandro.
Na decisão, postura similar com muitas viradas de bola em momentos-chave do duelo. Na premiação dos melhores do torneio, Evandro não entrou na seleção nem recebeu o prêmio de MVP, como muitos esperavam, reconhecimento que foi dado para a companheiro de time Taylor Sander.
“Acho que fizeram de birra, eu já esperava. Causei na semi e na final, ficar de fora não me deixou decepcionado. O Herrera joga muito, também mereceu, o prêmio de melhor oposto foi bem dado pra ele. Infelizmente, não ganhei nenhum prêmio individual, mas estou muito feliz”, garante.
O Sada Cruzeiro, vice-líder da Superliga masculina de vôlei, volta aos trabalhos nesta terça-feira para iniciar a preparação para o duelo do próximo sábado, fora de casa, contra o Sesc-RJ, pela 10ª rodada do returno.