A delegação da Seleção Brasileira Masculina de Vôlei chega hoje à Europa para disputar o Campeonato Mundial entre os dias 26 de agosto e 11 de setembro, na Eslovênia e na Polônia. Os quatorze jogadores e a comissão técnica deixaram na noite passada o Rio de Janeiro, onde estavam concentrados no Centro de Desenvolvimento do Vôlei, em Saquarema, preparando-se para a competição.
Antes de seguir para a Eslovênia, onde disputará a primeira fase do torneio, o elenco verde e amarelo tem uma primeira parada na França, para encerrar o período de treinos pré-Mundial e fazer dois testes contra a seleção da casa, uma das favoritas ao título. O primeiro será na próxima quinta-feira (18), um jogo-treino, e o segundo no sábado (20), um amistoso. Encontros que visam fazer o Brasil chegar em um ritmo mais forte à competição, já que os franceses são os atuais campeões olímpicos e da Liga das Nações.
No dia 24, os brasileiros seguirão para a Eslovênia, onde estreiam no Mundial dois dias depois, diante da forte seleção cubana, que voltou a convocar grandes jogadores que atuam fora do país, como o ponteiro López, do Sada Cruzeiro. Na primeira fase, a equipe nacional está no Grupo B, pelo qual ainda duelará contra Japão, no dia 28, e Catar, no dia 30.
Outro cruzeirense que disputará o torneio é o central Lucão, contratado nesta temporada para defender a equipe celeste. "O Campeonato Mundial, assim como a Olimpíada, é um torneio diferenciado para a gente do vôlei. É o segundo campeonato mais importante que todo mundo almeja jogar e é extremamente difícil, porque as melhores equipes do mundo vão estar lá. E nessa idade é uma honra ainda maior para mim, porque, aos 36 anos, a gente conseguir estar em nível para conseguir disputar um Mundial, numa seleção brasileira que está cheia de craque, cheia de gurizada nova chegando, dá um ânimo a mais para chegar bem lá."
Campeão do Mundial em 2010, Lucão também participou da última edição do torneio, em 2018, quando o Brasil ficou a prata, perdendo a decisão para a Polônia, anfitriã da reta final da competição deste ano. Foi um filme repetido de 2014, ano em que os poloneses também superaram o Brasil na final. Por jogar em casa e pelo histórico recente, a seleção europeia é outra apontada como uma das favoritas ao troféu.
Por outro lado, a equipe brasileira vive um de seus piores momentos nas últimas décadas. Nas Olimpíadas de Tóquio, em 2021, ficou em quarto lugar, e na Liga das Nações, disputada em junho e julho deste ano, terminou em sexto. Se quiser se apegar à tradição, o time verde e amarelo pode se lembrar dos três ouros (2002, 2006 e 2010) e das duas pratas em Mundiais, mas ao elenco atual cabe mudar o desempenho que deixa o torcedor desconfiado quanto ao presente e ao que se pode esperar dos Jogos de Londres, em 2024.