O oposto Sanchez, do Fiat Gerdau Minas, tem experiência internacional de sobra para corresponder às expectativas e ajudar o time de BH a chegar longe dentro da Superliga masculina de vôlei.

Muito rodado e com 35 anos, o jogador tem, no passaporte, vínculo com duas nacionalidades que marcam sua trajetória esportiva e pessoal. Sanchez é, ao mesmo tempo, cubano e russo, falando as línguas de origem destes países, além de falar inglês, português e se virar no italiano. Entre os países que já jogou, estão Rússia, Coreia do Sul e Catar. 

"Nasci na Rússia, país de origem da minha mãe, mas meu pai é cubano e fui pra lá quando era pequeno. Por isso consegui a cidadania cubana. Toda minha vida, praticamente, eu passei em Cuba", conta o jogador, que tem começado os jogos no banco de reservas, disputando posição com Leandro Vissotto. 

Quando perguntado sobre qual país construiu uma relação mais forte, a resposta está na ponta da língua. 

"Fiz questão de defender a seleção de Cuba assim que esta oportunidade apareceu. Foi lá que cresci e passei toda minha vida com meus pais e minha família. Foi lá que fiz escola, universidade, me desenvolvi no esporte, tenho meus amigos e fixei residência. Minha casa está em Havana", comenta. 

Depois de, assim como vários outros jogadores, não ter permissão para jogar na seleção cubana em virtude da política esportiva do país, Sanchez retomou o orgulho de representar a ilha pensando alto. "Um dos meus maiores desejos como jogador é disputar uma Olimpíada. Desde que saí do país, sempre tive vontade de jogar na seleção", relata o oposto, que fez parte da seleção de Cuba, bronze nos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro. 

Sanchez estará como opção do técnico Nery Tambeiro para o segundo jogo do Minas na Superliga, no domingo, fora de casa, contra o também favorito Vôlei Renata, às 19h.