Diferente de Cabo Frio (mais popular) e Búzios (mais sofisticada), Rio das Ostras é um destino ainda a ser descoberto pelos mineiros.  A cidade fluminense – localizada entre Búzios (43 km) e Macaé (27 km), na Costa do Sol – é uma combinação de praias calmas e tranquilas, menos lotadas de turistas do que as vizinhas famosas.

A Lagoa de Iriry, que mistura rio e mar, é ótima para banhos - Foto: Jorge Ronald / Divulgação

As principais atrações são as praias – num total de 15, muitas delas em mar aberto, porém diferentes entre si. O visitante pode percorrê-las a pé ou de bicicleta, dependendo de sua disposição e ânimo. O ponto de partida deve ser a Lagoa de Iriry, onde uma torre de observação de madeira de 20 metros assume o papel de mirante, oferecendo uma vista panorâmica da cidade.

O letreiro Rio das Ostras, na Praia da Costa, parada para uma foto instagramável – Foto: Paulo Campos

Com pouco mais de 156 mil habitantes, Rio das Ostras é quase um refúgio. As praias são bem distintas uma da outra: você precisa descobrir qual é a sua preferida. A Costa Azul, mais movimentada, tem faixa de areia margeando a lagoa, boa infraestrutura e quiosques, restaurantes e hotéis e um mar mais agitado. É lá que está o letreiro colorido ‘Rio das Ostras’, ponto de parada obrigatório do turista para uma foto instagramável, e o emissário submarino.

A Praça da Baleia, em frente à praça homônima – Foto: Paulo Campos

Ao final da Costa Azul, está a praia do remanso, quase colada a da Baleia. É pequena (200 m), cerca de rochedos que formam piscinas naturais, ideal para famílias com crianças. A praia da Baleia, com faixa de areia de 100 m e um mirante natural, tem uma praça com uma escultura do mamífero da espécie Jubarte – a origem do nome é uma ossada de baleia encontrada no local. É uma preferência de encontro para quem vem de fora.

Monumento dos Costões Rochosos, uma das atrações turísticas da cidade – Foto: Paulo Campos

Uma pequena escadaria e trilha conduzem ao Monumento Natural dos Costões Rochosos, com bioma de Mata Atlântica que protege as praias da Joana, Virgem e das Areias Negras. A trilha leva a área urbana – em uma caminhada, o visitante depara com trilha para a praia das Areias Negras, pequena e escondida, com areia escura monazítica, e à praia Virgem, tão deserta que justifica seu nome.

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A Praia Virgem: longe do agito do Centro, um lugar para curtir a natureza – Foto: Diego Thomazini / iStockphoto

A praia Virgem é a preferida de quem gosta de larga faixa de areia, contato mais direto com a natureza, um maior isolamento e curte percorrer trilhas – está localizada em uma área de conservação ambiental. Não tem nenhuma infraestrutura – as ondas fortes não a recomendam para banhos.  

Vista aérea da Praia da Joana, em uma pequena enseada - Gabriel Sales / Divulgação

A praia do Joana é a minha escolhida. A dificuldade de acesso ajuda a afastar muitos turistas a baixa estação – na alta fica completamente lotada. Um bar-restaurante ocupa quase toda a área da praia, localizada em uma pequena enseada. A vegetação natural emoldura a praia com as amendoeiras criando sombras. Nas formações rochosas laterais formam-se piscinas na maré baixa.

Praia da Tartaruga: elas aparecem para a surpresa dos turistas – Foto: Diego Thomazini / istockphoto

Seguem as praias do Boca da Barra, do Cemitério e da Tartaruga – a primeira mostra o encontro do mar com o rio das Ostras, a segunda, garantem os locais, é o melhor lugar para apreciar o pôr do sol; a terceira compete com a da Joana como uma das mais aprazíveis. A atração ali é observar as tartarugas ao redor das pedras.

Pescador lança a rede na Praia do Centro – Foto: Jorge Ronald / Divulgação

Para fechar o percurso de praias na área urbana, vem a do Centro, com boa infraestrutura, do Bosque, com suas árvores frondosas, e Abricó, que vem sofrendo com o avanço do mar e a redução da faixa de areia. 

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Mais distantes, a praia de Itapebussus, no encontro da lagoa com o mar, propõe banhos de água doce e salgada, com estrutura limitada e ondas fortes – é a preferida dos surfistas. Já a Enseada das Gaivotas é tranquila, porém muito afastada do centro.

Praia de Itapebussus tem 2 km de extensão, águas quentes e cristalinas – Foto: Prefeitura do Rio das Ostras / Divulgação

Festivais

CA Concha Acústica: espaço para apresentações musicais em Rio das Ostras – Foto: Jorge Ronald / Divulgação

Rio das Ostras tem um calendário de eventos movimentado. Conhecida como a “capital do jazz e blues” do estado do Rio, promove em junho, geralmente coincidindo com o feriado de Corpus Christi, o Rio das Ostras Jazz & Blues Festival. Em abril ou março, é a vez do Ostrascycle, o Encontro Internacional de Motociclistas. O verão em Rio das Ostras é dos mais animados. O Sesc realiza todos os anos um megafestival com três grande palcos, um deles na praia. São 40 dias com programação intensa de grandes shows de artistas nacionais, competições esportivas, cuidados com a saúde e preservação ambiental. 

o Centro Ferroviário de Cultura funciona na antiga Estação Ferroviária de Rocha Leão

 

Em Rio das Ostras, ainda vale visitar o Museu do Sítio Arqueológico Sambaqui da Tarioba, o Poço das Pedras, o Parque Natural Municipal dos Pássaros, o Centro Ferroviário e Cutura e o distrito rural de Cantagalo.

Como chegar:

De carro: Pegue a BR-040 em direção ao Rio, BR-101 e RJ-106 ou a Via Lagos.
De ônibus: A Viação Útil tem ônibus de BH para Rio das Ostras a partir  de R$ 345,99.
Mais informações: Acesse o site Experimente Rio das Ostras