Dez anos depois, voltei a Israel com a mesma expectativa. O país mudou de dez anos para cá. Com a pandemia, Israel foi o primeiro a fechar as fronteiras e o último a abrir aos turistas. Para ter acesso ao país, o viajante brasileiro só precisa estar completamente vacinado e adquirir seguro-viagem com cobertura de US$ 30 mil contra a Covid-19. Não são mais exigidos teste PCR nem quarentena.
Se em 2012 a viagem contemplou o norte do país, com visitas a Haifa, Safed, Acre, Cesarea e Tiberíades, desta vez o percurso desviou-se para o extremo sul, o balneário de Eilat, às margens do mar Vermelho, na fronteira entre Egito e Jordânia, atravessando o deserto de Neguev, na península do Sinai. A observação curiosa é que 60% do território israelense é ocupado por desertos, entre eles o da Judeia, onde a temperatura beira os 40ºC.
Percorrer Israel é ter gravados na mente os contrastes: da efervescente metrópole Tel Aviv, uma “bolha”, como definem os locais, a Jerusalém, um caldeirão cultural de tolerância religiosa, e cenários grandiosos, como os impressionantes paredões de rochas de Ein Avdat ou a cratera Ramon, um fenômeno natural com 40 km de comprimento, uma espécie de Grand Canyon de rochas vulcânicas, que já serviu para as experiências da Nasa.
Em uma viagem para Israel, o turismo de experiência, tão propagado no pós-pandemia, tem um lugar especial na observação de estrelas – não se esqueça de que os antigos cristãos se guiaram pelos céus –, na flutuação no mar Morto, atrativo obrigatório para todo turista, estreante ou não, e uma subida de teleférico à fortaleza de Massada, onde os judeus se submeteram a um suicídio coletivo para não se renderem às forças romanas do rei Herodes.
Entre um passeio e outro, a parada nos kibutzim revela novos rumos nessas comunidades, que outrora foram uma utopia socialista. “Kibutz”, em hebraico, significa “grupo”. Cada um carrega uma proposta: Neot Semadar é baseado na agricultura orgânica; o éden verde Eco-Kef, focado na educação ambiental. Dos 265 kibutzim surgidos desde 1910 em todo o país, estima-se que existam apenas 40. E, claro, mais voltados para o cooperativismo do que o socialismo.
Das surpresas que Israel proporciona ao visitante, nenhuma é mais prazerosa do que a mistura de temperos, sabores e aromas. Uma das perguntas recorrentes depois de meu retorno de Israel é sobre a comida. Nomes como “shawarma", "Shakshuka", "Msabahha" podem "assustar" no primeiro momento, mas conquistam facilmente o paladar. É uma explosão de sabores na boca, geralmente acompanhado de uma leve picância.
Hummus, grão-de-bico, pão pita, tahine, bureka, falafel... come-se bem e com fartura em Israel. A romã é a fruta mais comum, mas também tem a tâmara, o figo, a pitaya e o morango. Os produtos estão em profusão nas vielas de mercados como o Shuk HaCarmel, em Tel Aviv, ou Shouk Khan Ez-Zheit, em Jerusalém. Tudo muito colorido! Como em todo o Oriente Médio, as combinações de ervas e especiarias são enormes e remontam à Mesopotâmia.
Agência: Terra Santa Turismo Israel ou Instagram / @!turismo_israel
Pacote: Egito e Israel em 14 dias
Inclui: Hospedagem em hotéis quatro estrelas com café da manhã e jantar, guia falando português no Egito e em Israel, tour em ônibus privativo e passeios (entradas em museus, parques nacionais e locais de visitação), taxas de fronteira e visto do Egito e seguroviagem internacional.
Preço: R$ 12.880 à vista ou 8 x R$ 1.610 sem juros por pessoa em apartamento duplo
Opcional: Bilhetes aéreos a R$ 8.200 à vista ou em 10 vezes sem juros, incluindo as taxas de embaque