Em tempo real (Parte III)

Rota das Emoções: última etapa de nossa viagem é o litoral do Ceará

Roteiro turístico termina em um dos litorais mais famosos do Nordeste, com visitas a praias inexploradas e Jericoacoara

Por Paulo Campos
Publicado em 08 de dezembro de 2021 | 20:42
 
 
 
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Deixamos para trás o Piauí e entramos na última etapa de nossa viagem para percorrer um dos litorais mais famosos do Brasil, o do Ceará, até a vila de Jericoacoara, um dos sonhos de consumo de viagem da classe média brasileira. Percorremos 179 km pelo margeando o litoral, passando por destinos como Chaval, Camocim, Curimâs, Barroquinha e Tatajuba, num percurso pontuado por praias desertas, vilarejos de pescadores e travessias de balsas por rios. Somos conduzidos por Williame Félix Teixeira, do receptivo Cooptur Préa, cooperativa com cerca de 137 associados que oferecem passeios por toda a Rota das Emoções. 

Chaval 

“Yabadabadoo”! Esse é o grito de guerra quando se chega a Chaval, cidade que, literalmente, remete a Bedrock, do desenho animado dos anos 60 da produtora Hanna-Barbera, “Flintstones”.  Quem nos recebe nessa cidade erguida sobre monólitos (pedras gigantes) não é Fred Flintstone ou Barney Rubble, mas Marcos Ryal, um defensor ferrenho (e apaixonado) do destino. Essa é a primeira cidade do Ceará após a divisa com o Piauí, uma pérola já ocupada pelos índios Tremembés e Tapuias, plantadores de cajueiros e pescadores. Prepare-se para passeios diferenciados que mesclam natureza e história. 

Ryal e Teixeira nos conduzem pela trilha das Carnaúbas, um percurso de 800 m no Parque das Pedras, com subida íngreme de 104 m até o alto de um monólito, hoje uma Área de Preservação Ambiental (APA) do delta do Parnaíba por conta do peixe-boi que habita o estuário dos rios Timonha e Ubatuba. Lá de cima se avista o encontro dos dois rios, Chaval, o cenário pontilhado de monólitos de diversos tamanhos e formatos e, ao longe, a serra de Ibiapaba, linha divisória dos Estados do Ceará e do Piauí. No monólito, a surpresa é uma cratera com um jardim de Carnaúbas no interior, que no período de chuvas vira um grande lago. 

Essa região, conta Ryal, é atravessada pela Trilha das Emoções – não confunda com a rota, um percurso de 187 km de Chaval à divisa com o Maranhão. Depois de um city tour por Chaval para visitar, além do simpático centrinho histórico e uma Casa de Pedra, um maciço natural que forma uma enorme gruta aberta na periferia da cidade, já tombada pelo Iphan, nosso descanso é no Restaurante Motão, de José Hermes da Silva Mota, 57, uma churrascaria no bairro Oliveira, próximo ao centro da cidade, que é parada obrigatória para o turista por dois motivos: pinturas rupestres nas pedras e uma deliciosa culinária regional. 

No restaurante, Mota já sente os bons ventos da retomada do turismo: ampliou o espaço para realizar eventos, adaptou uma piscina natural entre as pedras no ponto mais alto, com vista para os atrativos do destino, e se prepara para construir uma pousada para hospedar os visitantes. A curiosidade no Motão está quase em seu quintal: monólitos de pedra que guardam inscrições rupestres. Na volta da trilha de apenas 200 m de extensão, degusta-se a culinária regional: um baião de dois com carne de sol e picanha na chapa. Se quiser permanecer mais um dia em Chaval, há muito mais o que visitar: o sítio arqueológico das Trovoadas, passeio de barco no estuário Timonha-Ubatuba, passeios de lancha no Pontal das Almas, experiência da cata de sururu e caranguejo e passeios de bike. 

Serviço: 

Cooptur Préa: R$ 800 o transfer de Jeri a Chaval para até quatro pessoas com a Trilha das Carnaúbas. Clique aqui./ instagram: @coopturprea

Receptivo Chaval Tours: Oferece passeios pela região com toda infraestrutura e comodidade. Informações: marcosryal@gmail.com ou (88) 98816-1505,  Instagram / @chaval.tours

Restaurante Motão: Experimente a especialidade da casa, a carne de sol com abacaxi feita na chapa, acompanhada de baião de dois, arroz branco, espaguete, farofa e salada, que serve até três pessoas e custa R$ 80. Peça ainda como sobremesa a torta de limão, a R$ 5 por pessoa. Instagram / @churrascariaomotao

Curimãs

Como não tem estrutura hoteleira em Chaval, nossa hospedagem na região é em Curimãs, vilarejo pertencente a Barroquinha, agraciado pelos bons ventos e pela natureza intocada. Essas, por sinal, foram as qualidades que atraíram o francês François Bourhis, 37, para o destino. Ele conta que descobriu Curimãs por imagens do Google Street View: “Foi quase uma relação mística”. Na praia, comprou uma mercearia e ergueu uma casa e o restaurante Brilho do Mar para compartilhar com os visitantes a generosidade e o acolhimento recebido dos locais. No terceiro andar, instalou um mirante para se contemplar o pôr do sol na baía de águas calmas, bebericando drinques de frutas exóticas ou beliscando algum petisco. 

Bourhis conta que preparou a equipe e aprendeu os segredos da culinária local com cozinheiras de “boa reputação” da região e oferece clássicos da culinária francesa utilizando os temperos, os produtos orgânicos da horta e as frutas locais, como o cajá, o caju, a seriguela, o abacaxi e o pequi. Os destaques são o filé-mignon au poivre, flambado na cachaça, e o peixe “La Belle Meunière”, um filé de pescado-amarelo, com molho de manteiga clarificada, alcaparras, vinho branco, camarão e pimenta-do-reino. Dos 30 pratos oferecidos aos clientes, 70% feitos com peixe e frutos do mar. 

“Estamos no meio da Rota das Emoções, entre Barra Grande e Jericoacoara. O turismo tem crescido muito por aqui, mas ainda vivemos à sombra de Jeri. Estamos trabalhando para que Curimãs não fique como Jeri”, enfatiza. Mas os turistas estão chegando aos poucos e comprando terrenos: a notícia recente é que os donos da Pousada Kalango, em Jeri, e do Rancho do Peixe, no Préa, planejam erguer uma unidade do último na ponta da praia. O kitesurfe também tem atraído estrangeiros para o destino. A única pousada, a Mandala, foi aberta pelo italiano Alberto Mario, 61, há dez anos, e tem sete quartos na casa onde mora. “Estamos pegando a sobra de Jeri e Barra Grande”, afirma ele, que desembarcou na região em 1988.

Uma noite apenas na Mandala e pegamos o caminho até Barra dos Remédios, passando pela praia do Xavier, a primeira do município de Camocim, com suas casas de pescadores contrastando com as enormes torres de energia eólica. Na praia praticamente deserta, vivem 12 famílias de pescadores que ainda retiram água de poços artesianos e sobrevivem da agricultura familiar, como Domingos Rodrigues, 59, casado e pai de três filhos.

Serviço:

Restaurante Brilho do Mar: As dicas são a peixada cearense com pirão (R$ 84 para duas pessoas), o filé de peixe na crosta (R$ 62 por pessoa) ou o peixe “La Belle Meunière” (R$ 62 por pessoa). Acesse o cardápio completo no site. Instagram / @brilho.do.mar

Pousada Mandala: Diárias a partir de R$ 250 o casal.  Instagram / @pousadamandalacurimas

Camocim: Barra dos Remédios e Tatajuba

Camocim tem o maior litoral do Ceará, com cerca de 62 km de praias. Do outro lado do rio Coreaú, depois da travessia de balsa, quem nos espera no buggy é Elson Monteiro, do receptivo Elson Tur. O buggy tem capacidade para até quatro pessoas. Vamos conhecer o conjunto de paisagens mais belo e extraordinário do Ceará: Barra dos Remédios e as lagoas mais famosas da região.

Barra dos Remédios é um lugar para se guardar na memória. As dunas altas dominam a paisagem: é uma areia fofa, onde o pé se afunda, em várias tonalidades, do branco ao laranja, em tons degradê. Para contrapor com as dunas, um rio de águas em tons azuis que quase emendam com o céu e com o mar. É difícil de descrever o lugar, só vendo para entender toda essa beleza. Elson Monteiro conta que Barra dos Remédios foi eleita a segunda praia mais bonita do Ceará. A dificuldade de acesso a “escondeu” dos turistas e garantiu a preservação. Remédios é novidade no percurso da Rota. É o receptivo Elson Tour que também nos conduz a um passeio pelas lagoas e lagos da região, entre eles Cangalhas, da Torta e Grande. Esses atrativos, por sinal, são novos na Rota das Emoções. 

Cangalhas é um lago de água de chuva com barracas como a Recanto das Palmeiras, de Manoel Sabino, cercada por um cinturão de dunas. É a parada para a cervejinha, o peixe frito e o descanso nas redes dentro d’água. Ali perto estão a lagoa da Torta, com seus dois circuitos de tirolesa, e o lago Grande, em Tatajuba, com suas barracas enfileiradas no entorno de uma porção represada, também com redes e mesas dentro d’água. É esse oásis de tonalidades caribenhas que atraiu Antônio Carlos Dutra, 41, o Coelho, que montou às margens da lagoa a Barraca do Coelho, a maior e mais tradicional das 11 existentes no lugar.

Serviço:

Elson Tur: O receptivo faz passeios de buggy em Tatajuba e lago Grande (a partir de 400), lago das Cangalhas (a partir de R$ 300), Tatajuba e lago da Torta (a partir de R$ 400), Guriú (a partir de R$ 500), Jeri (a partir de R$ 600), Barra dos Remédios (a partir de R$ 500) e transfer para Jeri (a partir de R$ 500) para até quatro pessoas. (88) 99711-1438 Instagram /@elsontur

Travessia de balsa do rio Coreaú: Carro 4x4 (R$ 30), bugue, UTV e quadriciclo (R$ 20). Instagram /@elsontur

Barraca do Coelho (lago Grande): Tome um banho refrescante e peça misto de peixe a partir de R$ 250 para duas pessoas ou peixe grelhado sem espinha a R$ 120 para duas pessoas. No lago, você pode alugar caiaque e stand-up paddle a R$ 30 por 30 minutos. Instagram / @barraca_do_coelhoficial

Tirolesa e toboágua na lagoa Torta: R$ 20 cada por pessoa até três descidas.

Camocim: praia de Maceió 

A gastronomia em Camocim não deve nada à vizinha famosa Jeri. No percurso até a cidade, pare na praia de Maceió para degustar o peixe grelhado e os drinques do pé de areia Bistrô Kite, a barraca mais bem-estruturada do lugar, que também sedia uma escola de kitesurfe. Há, ainda, a opção da Barraca Pôr do Sol, de João Lopes, que está no lugar há 20 anos. Na praia das Barreiras, já dentro da área urbana, o restaurante El Mirador de los Pinos, serve peixe “La Belle Meunière” e a picanha argentina. “Carne e picanha frescos não faltam no nosso restaurante”, salienta Luís Taddei, 63, um argentino que se encantou por Camocim há 21 anos e criou raízes na cidade cearense, embora o sotaque ainda permaneça carregado.

Segundo o secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico de Camocim, Ricardo Vasconcelos, o foco daqui para frente é descolar a cidade de Jericoacoara. Além dos 62 km de praias, Camocim tem 2.000 leitos para os viajantes se hospedarem com conforto, entre eles o resort Sun City Rota das Emoções, inaugurado no ano passado, com 123 suítes, e a Pousada Villa Caboré, a 9 km do centro de Camocim, com dez confortáveis chalés, piscinas, restaurante e estacionamento.

Serviço:

Barraca Pôr do Sol (praia de Maceió): Peixe grelhado do sr. João a partir de R$ 70 para duas pessoas. Instagram / @barraca_por_do_sol_ 

Barraca Bistrô Kite (Praia de Maceió): Deguste o peixe grelhado a R$ 120 o quilo para até três pessoas. Instagram / @bistrokite

El Mirador de los Pinos: Experimente a autêntica picanha argentina. Instagram / @elmiradordelospinosbr

Pousada Villa Caboré: Chalé duplo a partir de R$ 249 para duas pessoas com café da manhã em dezembro e janeiro, exceto no réveillon. Instagram: @pousadavillacabore 

Camocim: Mangue Seco 

A beleza cênica das praias faz com que Camocim seja muito procurada para filmes publicitários – já foram filmados em seu litoral o lançamento do Duster GoPro, da Renault, em Tatajuba, e produtos da marca John John, na praia do Farol. Camocim também já sediou em setembro o Campeonato Mundial de Kitesurfe. Vasconcelos ressalta que é mais barato se hospedar em Camocim do que Jericoacoara. O município está a menos de dez minutos da vila e até já criou um Núcleo de Informação Turística (NIT) para orientar os visitantes. “Queremos colocar Camocim como um dos destinos indutores da Rota das Emoções”, afirma. 

Depois de aproveitar as lagoas de Tatajuba, antes de atravessar de balsa o rio Guriú, na última praia de Camocim, Mangue Seco, está um vilarejo de pescadores e as famosas raízes aéreas do manguezal. Do outro lado do rio, começa o Parque Nacional de Jericoacoara, uma área de preservação ambiental criada em 2007 e que foi recentemente concedida pelo governo federal à iniciativa privada. Uma empresa já venceu a licitação para desenvolver os estudos técnicos que irão guiar a concessão. A medida federal já causa muita polêmica e opinião contrárias e favoráveis à concessão.

Travessia de balsa o rio Gúriu: A maioria das travessias de um rio nessa faixa do litoral custa entre R$ 30 e R$ 50.

Jericoacoara

Jericoacoara é um capítulo à parte. Você precisa de pelo menos três noites para usufruir da gastronomia e do movimento do vilarejo. Jeri já tem fama internacional, e um aeroporto foi inaugurado em 2017. Hoje, já retornaram os voos da Azul, da Gol e, mais recentemente, da Latam. O vilarejo de ruas de areia e ruas com pouca iluminação à noite tem pousadas para todos os bolsos e gostos, desde uma mais econômica, como a Pousada Bella Jeri, até luxuosas, como a Vila Kalango e Essenza. O Grupo La Vila, por exemplo, oferece sete hospedagens “pós-luxo”, como define Júlio César Borges de Paula, gerente de marketing e comunicação. São 45 quartos no total, com serviços privativos, qualidade no atendimento, preços honestos, decoração atemporal e um pé na sustentabilidade.

Na Rota das Emoções, como você vem do litoral oeste e já passou por Camocim e suas praias, resta apenas explorar o litoral leste do vilarejo, com suas dunas móveis e lagoas. A dica é contratar um receptivo como o Iguanas Off-Road, que opera passeios diferenciados, alguns deles com UTV (Utility Task Vehicle), veículo off-road de recreio que mistura as qualidades de um carro e um quadriciclo, dando mais estabilidade e segurança aos passageiros, porque atravessa qualquer terreno e dificilmente tomba. Nosso guia é o Francisco Fabrício, um garoto de 21 anos, com uma experiência absurda nesses passeios. 

Serviço:

Receptivo Iguanas Off-Road: Passeios diferenciados pelas lagoas e pelos lagos da região com paradas em UTV a partir de R$ 3.000 a diária, das 10h às 18h. Instagram / @iguanasoffroad

Pousada Bella Jeri: São apenas sete apartamentos Diárias a partir de R$ 350 para duas pessoas com café da manhã. Clique aqui. Instagram / @pousadabellajeri

La Villa: Diárias a partir de R$ 780 (Villa Jericoacoara), a partir de R$ 835 (Villa Jomael), a partir de R$ 1.100 (Villa Alegria), a partir de R$ 780 (Villa Praia) e a partir de R$ 8.200 (Villa Mati-Casa) para a alta temporada em janeiro. O restaurante está aberto a não hóspedes. Experimente o peixe no coco (R$ 100 por pessoa) ou o arroz de polvo (R$ 85 por pessoa). Clique aqui. Instagram / @lavilla_jeri

Guia: Se você estiver de buggy e precisar de um condutor e guia, o guia Fabrício cobra R$ 350 no passeio de buggy para até quatro pessoas, R$ 400 a R$ 450 no quadriciclo para até duas pessoas e R$ 200 para ir no próprio carro. WhatsApp: (88) 98170-8376.

Litoral leste

No litoral leste, nossa primeira parada é na lagoa do Amâncio para um banho, que não é tão famosa como as vizinhas. Formada há cerca de dez anos e, por conta da pouca chuva nos últimos meses, a água não bate nos joelhos. Estamos a caminho da lagoa do Paraíso, cartão-postal da região por conta das redes dentro d’água. O destaque ali é o Alchymist Beach Club, a barraca mais famosa e com uma infraestrutura de cair o queixo: tem até uma área VIP com sofás largos e confortáveis sobre as águas. A barraca já ganhou o status de atração turística, e quem visita já vai com o objetivo de passar o dia inteiro. A entrada custa R$ 25.

Da minha primeira viagem à Rota das Emoções, em 2016, muita coisa mudou no Alchymist Beach: um parque aquático será inaugurado em dezembro e uma área privada em formato de coração e com piscina foi instalada na lagoa. O cardápio é bem variado: nossas dicas são o robalo na brasa à moda Alchymist, com batata souté, purê de batatas, arroz branco, farofa molhada e salada de cenoura, ou o prime rib com risoto de funghi, chimichurri e manteiga de ervas. O sucesso na barraca são os coquetéis e caipirinhas, entre eles El Diablo, mistura de melancia, tequila, gengibre, limão, açúcar e molho de pimenta para justificar o nome.

Serviço:

Alchymist Beach Club: Entrada a R$ 25 por pessoa. Espreguiçadeira a R$ 100 o casal e área VIP a R$ 300 o casal. Experimente o robalo na brasa à moda Alchymist (R$ 25) ou o prime rib (R$ 194,90), ambos para duas pessoas. Os coquetéis, licores e caipirinhas custam, em média, R$ 40 por pessoa. Entre os destaques está o El Diablo, a R$ 74,90. Instagram: @alchymistbeachclub

Barrinha de Baixo

O tour continua por outras lagoas como a lagoa Azul, Buraco Azul, Lagun, essa artificial, Buraco Castelhano, finalizando em Barrinha de Baixo. Os buracos são o nome dado às depressões do terreno de onde foram tiradas a areia para asfaltamento da CE–182, que, cobertos por água, viraram um lago. Escolha o Azul, que tem a melhor infraestrutura, com barracas de palha, restaurante e ponto de apoio ao turista, inclusive sobrevoo de helicóptero. O impressionante é a cor da água, em tom azul-turquesa por causa do calcário.

O atrativo não fica propriamente em Jericoacoara, mas pertence ao município de Cruz. Na verdade, são dois buracos homônimos: o outro fica nos limites do município de Acaraú. Nosso passeio termina em Barrinha de Baixo, um dos lugares mais bonitos e aprazíveis do litoral oeste, principalmente para quem gosta de sossego, prainha vazia e águas calmas. Na vila, o empresário Constantino Monteiro, 47, instalou uma pousada com 50 quartos e um restaurante para os visitantes, o Komaki. Experimente o polvo-estrela e o peixe grelhado fresco. Não vá embora jamais sem experimentar o docinho de caju da dona Rita. É para comer rezando e contemplando o cenário maravilhoso, sem a horda de turistas que assola Jeri.

De volta a Jeri, finalize o passeio em grande estilo assistindo ao ritual do pôr do sol na duna em frente ao vilarejo, programa mais do que manjado, ou do roof-top do Café Jeri. A noite de Jeri, com seus barzinhos, restaurantes, forrós e festas, também é responsável pela fama boêmia do vilarejo. Nesse momento de pandemia, no entanto, é aconselhável fugir da aglomeração na “passarela do álcool”, um corredor com barraquinhas de drinques, no final da avenida principal, junto à praia, que oferece bebidinhas com frutas frescas. Boas dicas são o Pimenta Verde e o Freddyssimo. No Pimenta Verde, a proprietária Sônia Cavalcanti reformou o espaço durante a pandemia para trazer mais aconchego aos clientes.

Serviço:

Pousada e Restaurante Komaki: diárias a partir de R$ 300 para duas pessoas. As dicas são a peixada a R$ 155, o povo estrela a R$ 190, o peixe grelhado a R$ 170, todos os pratos para duas pessoas. Acesse aqui. Instagram / @komakirestaurante

Restaurante Pimenta Verde: especializado em peixes e frutos do mar. Experimente o peixe na crosta com ervas, o peixe Ginger (com gengibre) e o camarão na pimenta verde. O preço médio dos pratos é de R$ 100 a R$ 180 para duas pessoas. Clique aqui. Instagram / @pimentaverdejeri

Contrate um seguro-viagem

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Vital Card também já dispõe de um seguro-viagem com cobertura para Covid para viagens internacionais, uma segurança a mais neste momento de pandemia. Para os Estados Unidos e Europa, o seguro adicional contra a Covid é de US$ 20 mil ou euros. Antes de sua viagem, consulte os planos da Vital Card: 0800 0600 5058 ou suporte@vitalcard.com.br. E lembre-se: nos Estados Unidos e na Europa, principalmente, os custos hospitalares são muito caros.

Leia mais sobre nossa viagem à Rota das Emoções em:

Lençóis Maranhenses: confira o início de nossa viagem à Rota das Emoções

Rota das Emoções: no meio do percurso há o Delta do Parnaíba e Barra Grande

 

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