Com mais de 500 anos de história, Porto Seguro e seus distritos preservam belezas da Mata Atlântica e de um litoral de praias exuberantes. Muito além de um destino para os baladeiros, a cidade oferece tranquilidade, ecoturismo, contato com a cultura indígena e conforto para os visitantes de todas as idades.
Um local de visitação obrigatória é o Centro Histórico. Tombado pelo patrimônio nacional, foi reconhecido também pela Unesco como Patrimônio Natural da Humanidade em 2000. Sem pagar nada e ideal para ser feito a pé, o passeio pela história do Brasil expõe o Marco do Descobrimento, vindo de Portugal junto às caravelas da frota de Cabral.
Além disso, no local, é possível visitar igrejas, como a de Nossa Senhora da Pena, padroeira da cidade, com sua torre em louça de Macau, que tem, em seu interior, imagens sacras dos séculos XVI e XVII, e a de Nossa Senhora da Misericórdia, que guarda a imagem do Senhor dos Passos e a de são Benedito, construída pelos jesuítas e que tem, ao lado, as ruínas da primeira escola jesuíta do Brasil. Ainda é possível conhecer a Casa da Câmara e Cadeia, o museu de Porto Seguro.
A cerca de 2 km está a Passarela do Descobrimento, palco dos grandes eventos, como réveillon, Carnaval e São João Elétrico, lugar onde o mar encontra-se com o rio Buranhém. O cais, à noite, abriga feira de artesanato e culinária típica – com tapioca e cocada, além do famoso “capeta”, bebida que leva vodca, guaraná em pó, leite condensado e fruta da época.
Aprendendo com os locais
Para quem gosta de imergir na cultura do lugar que visita, uma boa pedida é a Reserva Indígena Pataxó da Jaqueira, com 827 ha de área e a 12 km do centro.
O contato com 32 famílias indígenas (cerca de 105 pessoas), seus costumes, língua e trajes é enriquecedor. O passeio custa R$ 40 por pessoa e é guiado por índios, que realizam palestras e expõem sua realidade de luta.
“Para chegarmos até aqui precisamos de preparação. Muitos jovens vieram de outras aldeias, e a maioria sai (da reserva) só para estudar. Eles sabem da importância de tê-los aqui para contribuir, para ajudar a buscar os nossos direitos. Podemos ter e conhecer tudo, mas sem deixarmos de ser índios”, reforça Nayara Pataxó, estudante de história e uma das fundadoras da reserva em 1997.
Separe ainda umas duas horas e visite cerca de 17 espécies de borboletas nativas que vivem no Parque Ecológico Asas Mágicas. Em um espaço de extensa flora, há três estufas que possibilitam o contato com os insetos e saber mais sobre seus ciclos de desenvolvimento: ovo, lagarta, casulo e borboleta.
Aventuras de bike, canoa ou stand-up paddle
Agora, caso a pretensão seja exercitar-se, com o belo cenário de Porto Seguro isso não será nenhum sacrifício. Com o sol gostoso da manhã é possível fazer caminhada, praticar ciclismo e canoagem e até mesmo aprender stand-up paddle.
Tudo isso em meio a roteiros naturais suntuosos. Em grupo ou sozinho, é possível aventurar-se pela cidade e pela região, aliando segurança e relaxamento.
O investimento vai de R$ 80 a R$ 450 em um leque de 17 diferentes roteiros, que contam com apoio de guias especializados, lanche incluso, equipamentos de segurança, seguro individual e traslado.
Conheça
Ingressos. Adulto, R$ 120; idosos (de 60 anos ou mais), R$ 70, crianças (de 1 m a 1,3 m de altura), R$ 70. Crianças (de até 99 cm): entrada gratuita. Contato: (73) 3575-8600
Arraial d’Ajuda Eco Resort. Oferece translado gratuito para Porto Seguro, acomodações com vista para o rio e para o mar. Diárias a partir de R$ 665, em apartamento duplo, que acomoda até quatro pessoas. Contato: (73) 3575-8500
Esté a 1,5 km do centro de Coroa Vermelha e a 12 km do Centro de Porto Seguro e conta com apartamentos para até cinco pessoas. Diárias para casal variam entre R$ 260 e R$ 1.000, em média.
FOTO: Setur Porto Seguro/Divulgação |
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